VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS: ASSOCIAÇÃO ENTRE MEDIDAS DE OBESIDADE GERAL E GORDURA ABDOMINAL E VISCERAL

Patrik Nepomuceno, Bibiana Rocha Brum, Hildegard Hedwig Pohl

Resumo


Introdução: A adiposidade é fortemente associada com riscos cardiometabólicos, no entanto as evidências científicas apontam que as diferentes localizações da gordura têm uma contribuição diferenciada sobre esses riscos. Neste sentido, o índice de massa corporal (IMC), que pode ser um indicativo de obesidade, é empregado para avaliar o risco de morbidade em adultos, bem como a avaliar na população a sua prevalência. Porém outros critérios podem ser utilizados na estimativa da gordura abdominal e risco aumentado para doenças cardiovasculares, como a circunferência da cintura (CC) e a bioimpedância que estima a gordura visceral (GV). Objetivo: verificar a relação entre o IMC e circunferência da cintura e gordura visceral. Método: Trata-se de um estudo transversal, em que foram sujeitos 39 trabalhadores industriários vinculados à Pesquisa: “Novas abordagens para diagnóstico de doenças em trabalhadores e escolares”. Constaram da coleta de dados a avaliação antropométrica e bioimpedância. A partir da avaliação antropométrica, foram utilizadas as variáveis de circunferência da cintura, que foi dicotomizada em normal e risco aumentado, bem como a massa corporal (quilogramas) e estatura (metros), para a estimativa do IMC (kg/m2) que posteriormente foi classificado e dicotomizado (faixa recomendável: <25 kg/m2 e excesso de peso: =25 kg/m2). A partir da bioimpedância, obteve-se os dados da área de gordura visceral que foi dicotomizada em duas classificações: <100cm² para área de gordura visceral normal e >=100cm² elevada área de gordura visceral. Para correlacionar o IMC com as variáveis relacionadas à atividade física, foi aplicado o Teste do Qui-quadrado de Pearson, sendo considerado significância p < 0,06. Resultados: A amostra foi composta por 69,2% do sexo feminino e 30,2% do sexo masculino. 64,1% tinham menos que 40 anos de idade, 33,3% estavam na faixa de idade de 40 a 49 anos e 2,6% estavam na faixa de idade de 49 a 59 anos. Dentre os indivíduos pertencentes a faixa recomendável do IMC, 89% pertenciam a classificação normal da circunferência da cintura e 94% pertenciam a faixa normal de gordura visceral. Os indivíduos pertencentes a faixa acima do peso no IMC, 57% estavam classificados com gordura visceral elevada. Conclusão: no presente estudo, a faixa recomendável de IMC está relacionada com bons níveis de gordura visceral, estando também relacionada com uma boa classificação de circunferência de cintura. Onde mantendo bons níveis desses parâmetros, o risco para obesidade e doenças está diminuído.

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