POR QUE AS MULHERES CASAM NA ATUALIDADE?

Iva Selmira Viebrantz, Sílvia Virgínia Coutinho Areosa

Resumo


Este trabalho é parte de uma monografia que será concluída em novembro/2017 como etapa final do Curso de Psicologia. O tema escolhido foi o casamento. Durante muito tempo, as mulheres não possuíam outras perspectivas de vida que não fosse casar e procriar. E casar, de acordo com a escolha de seus pais, conforme estes achassem que fosse um “bom partido”, uma “boa escolha”. O amor e a paixão passavam longe destas decisões; a questão financeira (do quanto seria um bom negócio às famílias unirem-se) pesava mais do que qualquer outro fator, especialmente nas classes mais abastadas. No século XIX, graças à inquietação de algumas mulheres, o cenário começou a mudar. Os padrões vigentes que eram ditados por homens, passaram a ser questionados, as mulheres passaram a requer seu espaço (profissional, educacional, social, etc.), bem como, que suas vozes fossem ouvidas. Após a descoberta de métodos contraceptivos mais eficazes, como a pílula anticoncepcional nos anos 60, é que muitas mudanças ocorreram. As mulheres passaram a deter o poder sobre o seu próprio corpo, podendo agora decidir o momento de ser mãe, se é que assim o desejavam. Arduamente, as mulheres foram abrindo seu espaço no mundo até então, masculino. Porém, por mais que os tempos sejam outros e que não exista mais a “obrigatoriedade” das mulheres de se casarem; que tenham suas profissões, o que lhes possibilita independência financeira; que possam relacionar-se com quem e como quiserem (o sexo foi desvinculado da função meramente reprodutiva), algo parece permanecer: o desejo pelo casamento. Desta forma, questiona-se: quais as representações sociais que as mulheres possuem sobre o casamento? O objetivo geral deste estudo é compreender os significados, as razões que fazem com que as mulheres jovens desejem casar-se formalmente. E os objetivos específicos são: verificar como estas mulheres significam o casamento e, se dentro do desejo do casamento, o ritual é algo importante; pesquisar quais são as expectativas e os motivos em relação ao casamento e identificar se existe diferença para as mulheres entre casar formalmente na igreja/cartório ou fazer união estável. Em relação à metodologia utilizada, trata-se de uma pesquisa qualitativa com corte transversal, cujas entrevistas para coleta de dados são narrativas. Serão participantes desta pesquisa mulheres solteiras, adultas jovens, de 20 a 30 anos, que desejem casar-se formalmente, selecionadas por indicação, tendo como limite a saturação ou até quinze participantes se os resultados não se repetirem. A amostragem está sendo realizada por bola de neve (Snowball sampling), em que uma participante selecionada inicialmente indica outra, e assim sucessivamente. As entrevistas são gravadas em forma de áudio, analisadas, transcritas e excluídas tão logo esta pesquisa seja concluída. As participantes não serão identificadas em momento algum, sendo que serão entrevistadas individualmente com horários preestabelecidos, respeitando suas disponibilidades e no local que lhes for mais conveniente. A questão principal para estimular e nortear a narração é a seguinte: “Por que (motivos) você deseja casar-se? Quais suas expectativas em relação ao casamento?”. Os resultados parciais apontam que a maioria das mulheres deseja casar-se por entender que este é um passo inicial para a construção de uma família. E em relação às expectativas, é que obtenham amor, respeito, amizade e cumplicidade de seus parceiros.


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