TESTES PARA A ESCOLHA DE MATÉRIAS QUE COMPÕEM O ASSOALHO DE UM VEÍCULO OFF-ROAD TIPO BAJA

Matheus Loebens Back, Henrique Keitel, Milena Severo, Andrei de Lima Wendler, Fernando Sansone de Carvalho

Resumo


A SAE (Society of Automotive Engineers) organiza ao redor do mundo, inclusive no Brasil, competições estudantis, como o programa BAJA, que possuem como objetivo possibilitar aos estudantes de engenharia das universidades conceituar, projetar, fabricar e validar, de acordo com um regulamento imposto pela SAE, um protótipo de veículo off-road, podendo assim executar na prática o conhecimento adquirido em sala de aula, e melhor prepará-los para os desafios que enfrentarão atuando como profissionais da área. No protótipo da Equipe Baja de Galpão – UNISC, um dos itens fundamentais e de grande importância para a segurança do piloto é o assoalho do veículo, que protege contra os variados obstáculos encontrados durante as competições, como troncos de árvores, rochas pontiagudas, valas, entrada de água dentro do cockpit, entre outros. Este trabalho tem como objetivo apresentar como é realizada a escolha dos materiais utilizados para a confecção do assoalho, levando em consideração itens como: resistência, peso, durabilidade, valor etc. O assoalho do veículo vem tendo uma constante evolução desde a criação da equipe, utilizando diferentes materiais. Com o passar das competições, foi aumentando a preocupação com a segurança do piloto, diretamente ligada à resistência do material contra impactos e também com relação à redução de massa e facilidade de manutenção do assoalho. No início, era utilizada uma chapa de alumínio; já atualmente são utilizados materiais compósitos como: fibra de vidro, manta de vidro, fibra de carbono e Kevlar. Foi realizado um teste de flexão com as mais variadas configurações de materiais. Seguindo as determinações da norma ASTM D-790, os corpos de prova passaram pelo mesmo processo de fabricação através da laminação, com as mesmas condições de ambiente (temperatura e umidade do ar) e utilizada a mesma proporção de resina epoxy e endurecedor (3:1 respectivamente). Para cada corpo de prova, a máquina utilizada para a realização dos testes foi a EMIC DL 30000 que se localiza em um dos laboratórios da universidade. Como resultado dos testes, pode-se observar que os corpos de prova que continham em sua composição o material denominado Kevlar se mostraram mais flexíveis que os outros corpos de prova, com isso também se mostraram mais resistentes a impactos, pois o Kevlar apresenta menor deformação (ruptura das fibras) após o rompimento do corpo de prova. Já os corpos de prova que possuíam como principal base fibra de carbono e fibra de vidro apresentaram uma maior resistência a flexão, no entanto se mostraram mais propensos a perfurações durante um impacto. Baseado nos resultados dos testes e avaliação, é possível escolher qual a melhor combinação de material a ser utilizada no assoalho, a partir de uma matriz de decisão, analisando os itens: resistência, massa, custo, manutenção e, de acordo com os interesses da equipe, ser escolhido o melhor assoalho a ser utilizado no carro durante as competições.


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