O PROCESSO DE APRENDIZAGEM DO CÁLCULO ORAL, DE SUJEITOS COM DIFERENTES NÍVEIS DE ESCOLARIDADE E CONTEXTOS SOCIAIS

Maria Eduarda de Melo Silveira, Glaucia Cabral Moraes

Resumo


Esta pesquisa foi realizada na disciplina de Trabalho de Curso em Matemática, do Curso de Matemática – Licenciatura, da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC, com o intuito de estudar como se constitui a aprendizagem de sujeitos com diferentes níveis de escolaridade em relação aos cálculos diários presentes em seus contextos, desde pessoas que frequentaram a escola por um curto período até os que possuem formação básica completa, mas que, independentemente do nível de formação, resolvem os cálculos diários e necessários aos seus cotidianos. Dessa forma, objetivou-se perceber as matemáticas vividas em diferentes cenários, bem como analisar como se dá a evolução no processo cognitivo da matemática oral nos diferentes tempos históricos. Os procedimentos adotados basearam-se no estudo de caso, tornando-se possível conhecer como e o porquê de uma determinada situação. Após a conceituação das teorias abordadas nessa pesquisa qualitativa, realizou-se questionários com sujeitos de diferentes níveis escolares e contextos sociais, possibilitando verificar o cenário em que determinado sujeito está inserido e quais as relações são estabelecidas entre a matemática, suas aplicações e vivências. Ainda, foi disponibilizada uma situação problema para verificar como resolvem as questões e se dominam as quatro operações básicas, bem como a porcentagem. A pesquisa ocorreu com dois sujeitos que possuíam Ensino Fundamental incompleto, uma turma de segundo ano do Ensino Médio, da modalidade de Educação de Jovens e Adultos – EJA, e dois sujeitos com Ensino Médio completo. O propósito de pesquisar sujeitos com diferentes níveis de aprendizagem possibilitou analisar o modo de resolução da situação problema, além de perceber quais conhecimentos matemáticos possuíam e se dependiam da formação escolar ou não. Através da metodologia adotada pode-se observar que os sujeitos que possuem Ensino Fundamental incompleto resolvem os cálculos matemáticos que são necessários em seus cotidianos de forma mental, pois não possuem domínio do cálculo escrito e, em relação ao problema proposto, resolveram de forma aproximada porque desconhecem as formas exatas de resolução. Os sujeitos que são estudantes possuem domínio do cálculo escrito pelo fato de, diariamente, fazerem uso da matemática formal, porém, admitiram resolver os cálculos mais simples mentalmente ou com o auxílio da calculadora, assim como, quem possuía o Ensino Médio. Após a realização desse estudo, foi possível concluir que os conhecimentos matemáticos ocorreram de forma contínua, ou seja, dependendo do contexto em que determinado sujeito estava inserido e de suas necessidades pessoais e profissionais. Além disso, independente da formação, dominavam somente os cálculos matemáticos que eram necessários diariamente. Entretanto, a partir do relato de alguns sujeitos, percebe-se que no dia a dia, utilizam softwares e planilhas, não necessitando da matemática formal, ao contrário dos sujeitos com idades mais avançadas, que não possuem domínio dessas ferramentas, necessitando assim do cálculo oral ou escrito.

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