O USO DO BRINQUEDO TERAPÊUTICO NA ASSISTÊNCIA A CRIANÇAS HOSPITALIZADAS: PERCEPÇÃO DOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM

Jordana Silveira Beckenkamp, Jéssica Vieira, Luana Elaine Haas, Júlia Otesbelgue Moraes, Ingre Paz

Resumo


O brincar é a atividade mais importante na vida da criança. É como ela se expressa seus sentimentos, ansiedade e frustações, além de ajudar no desenvolvimento físico, mental, emocional e social. A hospitalização na infância pode ser traumática pelo fato de trazer sentimentos de medo, angústia e ansiedade pelo desconhecido. Por isso o brinquedo terapêutico é uma forma de assistência de enfermagem essencial ao cuidado em pediatria, pois permite que a criança extravase seus sentimentos promovendo uma melhor adesão aos procedimentos clínicos e a diminuição do estresse da hospitalização, além da, consolidação de um elo de confiança entre paciente-profissional-família, o que proporciona uma assistência humanizada. (DA SILVA et al, 2011). Conforme diz a Resolução nº 295/2004 do Conselho Federal de Enfermagem, “Compete ao Enfermeiro que atua na área pediátrica a utilização da técnica do Brinquedo/Brinquedo Terapêutico. Portanto o brinquedo terapêutico constitui-se um instrumento importante no auxílio nas intervenções de enfermagem (GOMES, SILVA e CAPELLINI, 2016). Porém, no Brasil o brinquedo como cuidado tem sido pouco aplicado pelo enfermeiro (DA SILVA et al, 2011). O objetivo é de compreender a percepção dos profissionais técnicos de enfermagem durante a assistência pediátrica em relação ao brinquedo terapêutico na Unidade Pediátrica. Estudo qualitativo exploratório descritivo, realizado através da aplicação de duas questões aos profissionais técnicos de enfermagem dos turnos manhã e tarde da unidade pediátrica de um hospital universitário do interior do Rio Grande do Sul durante atividade prática nessa unidade. Foram entrevistados 7 técnicos de enfermagem atuantes sobre utilização do brinquedo terapêutico. As questões aplicadas foram: “Você utiliza o brinquedo terapêutico na realização de procedimentos ou para acalmar o paciente/criança? e a segunda pergunta foi relacionada a “Qual o tipo de brinquedo terapêutico?” Dois (28,57%) dos entrevistados responderam “sim” e 5 (71,42%) profissionais responderam que “não”. Os profissionais que responderam “sim” relataram que usavam como brinquedo livros, bonecas e fantoches para distrair as crianças no momento do procedimento. Os entrevistados que responderam “não” informaram que não possuíam tempo e nem material disponível para a prática. Apesar dos benefícios apresentados pelo brinquedo terapêutico à criança em relação a cooperação com os procedimento e a diminuição do trauma hospitalar. (SILVA et al, 2011). A maioria dos profissionais não aderem à está dinâmica devido à falta de tempo e disponibilidade de materiais. Está falta de adesão pode estar relacionada a carência de capacitações, desvalorização da prática e o acúmulo de tarefas, fazendo com que, os profissionais deem pouca importância aos fatores psíquicos sociais ao paciente e no oferecimento de um cuidado mais humanizado. (GOMES, SILVA e CAPELLINI, 2016). Pesquisa realiza com 12 enfermeiros referente ao brincar e a infraestrutura necessária confirma no relato de dez enfermeiro que há falta de infraestrutura, recursos matérias e humanos suficientes para a realização das práticas. (FERNANDES et al. 2017) Observa-se com a pesquisa a baixa adesão dos profissionais técnicos em enfermagem a prática do brinquedo terapêutico. Portanto para a realização dessa terapêutica é essencial a realização de capacitações com os mesmos para conhecimento da prática do brinquedo terapêutico e dos benefícios trazidos aos pacientes pediátricos. 

 


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