O presente trabalho denominado Grupo Terapêutico com pacientes oncológicos e seus familiares, iniciado no primeiro semestre de 2018, é parte integrante das atividades obrigatórias do Estágio Integrado em Psicologia I e II. A O grupo se reúne semanalmente sempre às segundas-feiras com a duração de uma hora, sendo realizado por uma dupla de estagiárias da abordagem sistêmica e orientado juntamente com a Supervisora do estágio. O Grupo é aberto, ou seja, não tem prazo para o término e permite que entrem e saiam pessoas do grupo, devido à rotatividade de pacientes. Nesse sentido, a proposta do Grupo com pacientes oncológicos e seus familiares é de possibilitar um espaço onde poderão aprofundar e refletir sobre o câncer e os desafios que se colocam a partir do tratamento oncológico. Até o presente momento já foram realizadas no total de 9 encontros, no nosso primeiro contato com o grupo buscamos estabelecer um vínculo com todos os participantes, assim, seguimos com as combinações para a realização do mesmo. Podemos perceber que ao longo desses encontros, os pacientes juntamente com seus familiares sentem-se confortáveis com nossa presença e estão sempre dispostos a estarem realizando as atividades proposta, atividades essas pensadas como disparadoras, onde acabam emergindo diversas questões, tanto pessoais, quanto familiar. “Em alguns casos o tratamento provoca afastamento da rotina, o qual exige mudanças e limites. Neste período alguns pacientes reagem com submissão ou revolta. Essa raiva se dá pela dificuldade de enfrentar a perda do controle da vida. É um momento de medo, confusão, ansiedade e superações”. (MACEDO, 2008). Percebemos que existem muitos mitos relacionados à patologia câncer, pois junto com o diagnóstico surgem às implicações do adoecimento, a ruptura do corpo saudável, a incerteza da eficácia do tratamento, o encontro com a finitude da vida, modificações da rotina e entre outros. No decorrer dos encontros foram realizadas atividades onde, o propósito é proporcionar um espaço de fala e escuta buscando ativar os núcleos sadios, trocas de experiência, trabalhar questões de autoestima, luto e outros. O Grupo realizado é visto como uma possibilidade para que os pacientes e seus familiares possam se reunir e compartilhar suas questões, além de obter um suporte psicológico sobre os temas emergentes no Grupo sem que haja julgamentos, sempre respeitando a história individual de cada participante. Para finalizar, entendemos que na vivência em Grupo dentro de um ambiente terapêutico os participantes estabelecem uma relação de confiança com os demais membros, contribuindo, assim, de maneira confiante para sua melhora e recuperação.