HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMÁTORIA TRATADA CIRURGICAMENTE

Luiza Brum Porto, Zanandra Vargas Rozim, José Luiz Piazza

Resumo


A hiperplasia fibrosa inflamatória, também conhecida como epúlide fissurada, é uma patologia oral hiperplásica de tecido conjuntivo fibroso. Essa se desenvolve no rebordo alveolar e na região vestibular, podendo apresentar-se como  única ou múltiplas pregas. Sua origem esta associada a próteses mal adaptadas e seu tratamento vai depender do desenvolvimento e do tamanho da lesão, podendo ser cirúrgico ou não. O objetivo deste estudo é apresentar um caso de hiperplasia fibrosa inflamatória e seu devido tratamento cirúrgico. Paciente do sexo feminino, X anos de idade, procurou o curso de Odontologia da Universidade de Santa Cruz do Sul, com a queixa da presença de uma lesão na cavidade bucal. Ao exame físico, identificaram-se três pregas de hiperplasia fibrosa inflamatória na região vestibular anterior do rebordo alveolar superior. A prótese total da paciente não se apresentava em condições ideais de uso e também estava sobreestendida. As hiperplasias possuíam um tamanho consideravelmente grande e, após a certificação de nenhum atestado mórbido clínico, o tratamento proposto foi a remoção cirúrgica e confecção de uma nova prótese total. O procedimento cirúrgico iniciou-se com a apreensão das hiperplasias com a pinça de Allis e as incisões ocorreram ao longo da lesão de forma elíptica envolvendo-as. A profundidade das incisões ocorreram de forma que não envolvesse o periósteo. O procedimento correspondeu em excisões simples, seguido da reaproximação dos tecidos remanescentes com suturas simples. A paciente foi orientada quanto a dieta, repouso e cuidados pós operatórios, também para que não faça o uso da prótese antiga até que a nova seja confeccionado, pois o uso da antiga poderá originar uma nova lesão. As reavaliações ocorreram no dia seguinte do procedimento, também no período de 7 dias e 30 dias. Próteses desadaptadas e que se encontram sem condições de uso, como a prótese da paciente do presente caso, podem resultar na proliferação de hiperplasia fibrosa inflamatória. O tratamento geralmente é remoção cirúrgica para grandes lesões, neste caso, optou-se por excisão simples e reaproximação dos tecidos remanescentes. Quando o diagnóstico é dado em estágio inicial e a hiperplasia ainda é pequena, o tratamento pode ser feito sem a necessidade de procedimento cirúrgico. A cirurgia é o único método de tratamento para hiperplasias de grande porte. Deve-se realizar as orientação dos cuidados pós operatórios, compreensão da paciente para o sucesso do tratamento final e que essa seja orientada também quanto a higienização da nova prótese, dos cuidados a serem seguidos e dos riscos em relação ao uso do aparelho protético por tempo ininterrupto.

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