OS DESAFIOS DA SUCESSÃO NA EMPRESA FAMILIAR

Victoria Giovanaz Zagonel, Vânia A. Stiebbe Peiter

Resumo


 As empresas familiares ocupam lugar de destaque no âmbito organizacional, devido a sua contribuição para economia brasileira. Em muitos casos, a sucessão familiar é tendência natural, porém, é importante que a transição seja realizada com muito cuidado e cautela, é necessário um planejamento de sucessão para lidar com as inúmeras possibilidades de continuidade e manter o foco na longevidade da empresa familiar e sobrevivência do negócio. Infelizmente, grande parte das empresas familiares não possui um planejamento sucessório, o que significa que correm o sério risco de serem pegas desprevenidas, deparando-se com dificuldades na passagem do poder de uma geração para outra. Sendo assim, é importante que o empresário busque estratégias e planos para transição sucessória, dando continuidade à empresa com elementos de sua família e base de valores. Esta sucessão deve ser trabalhada com um tempo de maturação e modelo de governança adequado para o caminho do desenvolvimento da empresa. Neste contexto, o presente trabalho teve por finalidade verificar a maneira que empresas de pequeno e médio porte, localizadas nas regiões do Vale do Rio Pardo e Taquari, percebem o processo de sucessão familiar. Para alcançar o objetivo proposto foi realizado um questionário para os gestores das seis empresas selecionadas, relacionados ao processo de sucessão familiar. A metodologia utilizada quanto aos objetivos foi de caráter descritivo, quanto ao cumprimento dos procedimentos, foi definida uma pesquisa de levantamento e, em relação à abordagem, a pesquisa foi classificada qualitativa. Os resultados obtidos evidenciaram que as empresas consideram ser importante fazer a escolha de um sucessor, prepará-lo e treiná-lo e, o critério considerado mais importante e mais utilizado na escolha é a experiência dentro da empresa. Ainda, preferem que o sucessor se encontre no seio da família, e que já esteja envolvido e familiarizado com todas as facetas do negócio. Quanto às competências do sucessor, através dos dados obtidos, conclui-se que as empresas consideram que o sucessor tenha as seguintes competências: capacidade de liderança, capacidade empreendedora, identificar-se com a identidade da empresa, valorizar a empresa e bom relacionamento com os membros da família. Destaca-se a importância de que todos os membros saibam como se procederá a transferência de poderes e responsabilidades para que a sucessão promova o crescimento e o sucesso da empresa e ainda que o sucessor partilhe a mesma visão estratégica que o antecessor. 


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