ENCONTRO PEDAGÓGICO COM A AÇÃO DE DESENHAR NA INFÂNCIA

Lissa Carvalho

Resumo


Para pensar o encontro entre adultos e crianças com a ação de desenhar, o estudo parte da constatação de prevalecerem no cotidiano escolar atividades com desenhos prontos, propostas simplificadas e simplificadoras diante da capacidade de crianças pequenas e crianças especiais produzirem sentidos desenhando. Afirmando a criança capaz, produtora de sentidos na convivência com outras crianças e adultos, a concepção de infância como tempo dos começos, a ideia de educação como convivência e resistindo a concepção escolar de querer ensinar o desenho. Tendo como interesse pesquisar o processo de aprender a desenhar para compreender que ação é essa que não precisa ser ensinada, porém cada criança tem que aprender. Problematizando qual concepção pedagógica que sustenta a ideia de pré-ver a ação de desenhar através de desenhos prontos e como sustentar a importância da ação pedagógica que considera o encontro com adultos e crianças. Para a realização dessa pesquisa utilizou-se as importantes contribuições de Derdyk e Richter em relação a desenhar na infância. Com Kohan foi possível compreender a concepção de infância como tempo dos começos. As reflexões de Richter e Berle proporcionaram para esse estudo pensar a ideia de educação como modo de conviver, através do encontro entre adultos e crianças, entre modos de pensar e sentir em tempos diferentes. Como metodologia desse estudo utilizou-se de uma pesquisa de características qualitativas através de fontes bibliográficas perseguindo uma reflexão em torno da ação de desenhar. Também foram construídas fichas de leitura para sintetizar e compreender melhor o que os autores pesquisados abordavam. Para a complementação dessa pesquisa houve participações durante o semestre em uma disciplina do curso de pedagogia que trata de arte e infância e nos grupos de pesquisa do mestrado em educação. Como resultados obteve-se as ideias de conhecimento como conteúdo, algo somente mental, como se o corpo não pensasse, que o desenho está apenas na mente, que é um conceito pronto. A ideia de educação como convivência, infância como tempo dos começos e a capacidade de brincar com os traços. A criança aprende a desenhar sem precisar ser ensinada o que desenhar e sim de como experimenta espaços, tempos, materiais e instrumentos que utiliza para brincar com linhas e traços.


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