UM SORRISO MUDA TUDO: ESTUDO SOBRE FISSURA LABIOPALATAL

Emiliana Dutrenit Dergam, Viviany Avila Antoniazzi, Ingre Paz

Resumo


Introdução: O desenvolvimento do indivíduo começa na vida intrauterina, e pode ser influenciado por fatores externos, seja de forma direta ou através da mãe, e estes por sua vez atuam diretamente na estrutura genética. Sabe-se que este desenvolvimento é um processo complexo e formado de várias etapas e qualquer interferência nesta cascata pode resultar em defeitos congênitos. Dentre estes defeitos, as fissuras e fendas labiopalatinas são as malformações faciais mais comuns em todas as populações e grupos étnicos. No Brasil, a prevalência de nascidos com esta malformação varia de 0,47 e 1,54 a cada 1.000 nascidos vivos. No mundo, todo o dia nasce cerca de 700 crianças com fissura de lábio e/ou fenda palatina, o que significa um bebê com fissura a cada 2 min. Objetivo: Avaliar a prevalência de nascidos vivos que apresentam malformações faciais e os fatores que elevam a chance de acometimento desta patologia. Método: Estudo descritivo com levantamento bibliográfico de artigos em periódicos on-line que contemplem o tema proposto. Resultados: Essas malformações são consideradas as mais frequentes doenças congênitas orofaciais e acometem o terço médio da face, ocorre pela não fusão dos ossos maxilares, durante a sexta e decima semana de vida intrauterina. Poderá apresentar-se isoladamente ou acompanhada de outros distúrbios, como por exemplo, uma síndrome. Apesar da fissura labial e palatal ter sido relatada pela primeira vez há quase dois séculos, sua etiologia não se encontra claramente estabelecida. Apesar dos esforços dos pesquisadores, ainda é complicado afirmar as verdadeiras causas. Há um consenso. Esta informação corrobora com as experiências presenciadas em um hospital universitário do interior do Rio Grande do Sul. Há um consenso em atribuir esta malformação à teoria multifatorial, incluindo fatores genéticos e ambientais. O principal fator encontrado nas bibliografias é o fator genético, uma vez que vários genes estão relacionados com o desenvolvimento e fechamento do palato. Dentre os fatores ambientais fica claro que a interação com o meio pode favorecer o acometimento destas malformações, por exemplo, uma gestante que se expõe com frequência a radiação ionizante estará mais susceptível a ter um filho portador de malformações orofaciais. Os casos de malformação orofacial podem apresentar-se principalmente de três formas: Fenda Labial (FL), Fenda Palatina (FP) e Fenda Labiopalatal (FLP), de acordo com o local da fissura. Discussões: A etiologia permanece desconhecida, porém a maioria dos autores acredita que fatores genéticos e ambientais estão diretamente ligados a incidência dos casos. Há autores que sugerem uma maior ocorrência de fenda palatina no sexo feminino, justificando que a possível causa desta ocorrência seria o fechamento tardio do palato neste sexo. Considerações finais: Com a realização do presente trabalho percebe-se que apesar da incidência
ser relativamente alta e existirem estudos que buscam descobrir a causa desta anomalia, sua etiologia ainda é desconhecida, além de saber que acomete mais o gênero feminino do que o masculino. Frente a um caso de fissura labial e/ou palatal é imprescindível a atuação do enfermeiro no que tange a orientação aos pais e familiares sobre intervenções cirúrgicas para a correção e os cuidados com o RN acometido.

Palavra-chave: Malformação; Fissura Labial; Enfermagem; Prevalência.


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