ATENÇÃO À TERCEIRA IDADE: população que precisa ser assistida

Emiliana Dutrenit Dergam, Viviany Avila Antoniazzi, Aline Fernanda Fischborn

Resumo


Introdução: Os idosos vivenciam um processo de isolamento social e, na grande maioria das vezes, vivem excluídos de ambientes e aquém de relações interpessoais, principalmente após a aposentadoria quando diminuem em grande número os seus vínculos de amizade. Muitos idosos, que participam de grupos de convivência, alegam que um dos principais motivos de seu assíduo envolvimento é o prazer de conviver com pessoas da mesma faixa etária que possam compartilhar sentimentos além de trocar experiências de vida. Idosos que já participaram de pelo menos um grupo de promoção à saúde relataram que passaram a cuidar-se mais e sentiram-se mais felizes. O trabalho em grupos mostra-se de extrema importância e responsabilidade para o profissional da Enfermagem, pois é uma excelente forma de realizar educação em saúde, atuando diretamente na promoção a saúde e prevenção à doenças. Percebe-se a importância de abordar essa temática, uma vez que os idosos constituem 50% das pessoas que utilizam medicamentos concomitantes, além de utilizarem doses e indicações de forma errônea, associando medicações, causando interações medicamentosas e perdendo o valor terapêutico. Objetivo: descrever a experiência de uma ação com grupo de idosos, buscando facilitar o vinculo entre os profissionais e os usuários, conscientizando-os sobre a importância da adesão ao tratamento medicamentoso, bem como sua utilização correta. Método: O campo de prática foi uma Unidade Básica de Saúde – UBS, localizada em um município da Região 28 de Saúde – RS. O grupo de idosos foi realizado na residência de uma integrante do grupo, e contou com a presença de aproximadamente 15 idosos. Foi realizada verificação de Pressão Arterial (PA) e HGT (hemoglicoteste) e foram distribuídas caixas com divisões internas para organização das medicações de acordo com o turno que o idoso deveria ingerir a mesma. Para a PA e HGT foram fornecidas fichas para controle posterior das próximas verificações, onde poderia ser anotado os valores de PA e HGT. Resultados: No grupo de idosos inicialmente foi realizado verificação de PA e HGT, com posterior desjejum. No próximo momento, nos reunimos em uma roda de conversa para orientar sobre alimentação saudável e sobre à ingestão das medicações e suas interações alimentares e medicamentosas, ressaltando importância de ingerir a medicação conforme prescrição médica. Por fim, foram distribuídas as caixas organizadoras de medicações explicando a sua utilidade e forma correta de dispor os mesmos. Considerações finais: Conclui-se que os idosos possuem inúmeras duvidas em relação às medicações que lhe são prescritas, pois muitas vezes não recebem orientações quanto a sua utilidade e suas particularidades, e desta maneira, baseiam-se no senso comum. Durante a atividade ficou evidenciado a carência e necessidade de atenção por essa faixa etária em
particular, pois a grande maioria já se encontra aposentado, residindo sozinhos e muitas vezes não possuem atividade de lazer rotineira. Desta forma, a realização de um grupo de apoio ao idoso reflete não apenas em orientações quanto ao processo saúde/doença, mas também representa um papel social pois proporciona momentos de interação entre os idosos, trazendo consigo sentimentos se solidariedade, companheirismo e minimizando/dividindo sentimentos de angústia ou tristeza.
Palavras-chave: Atenção Primária a Saúde; Idosos; Enfermagem; Educação em Saúde.

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