PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE DA MULHER
Resumo
Introdução: A saúde da mulher em muitos países não é uma prioridade para os sistemas de saúde. Já no Brasil a implantação de políticas públicas de saúde voltadas a população do sexo feminino ocorre de forma gradativa, tendo início nas primeiras décadas do século XX, sendo que apenas no ano de 2004 houve a publicação da primeira política pública direcionada as mulheres, denominada de Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher (PNAISM) tendo como objetivo melhorar a condição de vida e saúde das mulheres brasileiras, e no ano seguinte surgiu o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM). Embora existam políticas direcionadas a saúde da mulher, quando aplicadas no contexto nacional é possível perceber lacunas quando se trata de alguns grupos específicos de mulheres. Para efeito de uma melhor compreensão das publicações das políticas de saúde direcionadas as mulheres nesse artigo, objetivou-se avaliar por meio de um estudo cienciométrico o nível do conhecimento e sistematização da produção científica vinculada às Políticas Públicas de Saúde direcionada as mulheres no Brasil. Método: A busca dos artigos foi realizada nas bases de dados PubMed e SciELO utilizando os termos “política saúde mulher” e seu correspondente em inglês “policy woman health acrescido da palavra Brazil. Resultados: Após aplicação dos critérios de inclusão foram selecionados 126 artigos, sendo que 114 referem-se aos eixos da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher (PNAISM) e 12 relacionam-se a outras áreas temáticas. Destaca-se o eixo da Atenção Obstétrica e Neonatal como o que mais possuí produção científica, correspondendo a 51% das produções, destas publicações, sendo que, os temas mais abordados foram aborto, assistência ao pré-natal e amamentação. O segundo eixo que apresentou grande número de publicações foi o planejamento familiar sendo 16,6% das publicações destacando os temas sobre métodos de contracepção e direitos reprodutivos. Em terceiro lugar as neoplasias que mais atingem as mulheres o câncer de mama e colo com 11,4%. Considerações finais: No Brasil, as pesquisas direcionadas a saúde da mulher continuam a se concentrar em sua maior parte em áreas especificas e comuns a todas as regiões do País. Contatou-se ainda, poucas pesquisas ligadas a hábitos de consumo prejudiciais a saúde e muitas vezes fatores de risco para as principais doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Espera-se com esse estudo que novos campos da saúde da mulher sejam abordados em pesquisas nos próximos anos.
Palavras-chave: Políticas de Saúde; Mulheres; Publicações Científicas.
Palavras-chave: Políticas de Saúde; Mulheres; Publicações Científicas.
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