FATORES SOCIOECONÔMICOS ASSOCIADOS COM A ADESÃO À TERAPIA HORMONAL EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA
Resumo
Introdução: No Brasil são esperados 57.960 novos casos de câncer de mama (CM), em 2016. A terapia hormonal (TH), para tratamento do CM, está cada vez mais sendo utilizada, devido ao grande número de pacientes e está associada à diminuição de recorrência da doença e metástases, além da melhora da mortalidade e sobrevida livre de doença, mas a duração do tratamento é longa, no mínimo 5 anos e a adesão pode ser prejudicada. Fatores sociodemográficos influenciam na adesão da TH. Objetivo: Relacionar os fatores socioeconômicos com a adesão à TH das mulheres com CM. Método: Estudo transversal, incluindo 100 mulheres que receberam prescrição de tamoxifeno para o tratamento do CM, atendidas no Sistema Único de Saúde em um Centro de Oncologia Integrado de um hospital do interior do Rio Grande do Sul, do período de 26/11/2015 a 18/06/2016. As pacientes responderam a um questionário direto contendo 53 questões, com características sociodemográficas, como: idade (˂40; 40-49; 50-59; 60-69; ≥70), renda familiar mensal (≤1 salário mínimo; > 1 salário mínimo a < 3 salários mínimos; ≥3 salários mínimos), escolaridade (analfabeto + ensino fundamental incompleto; ensino fundamental completo + ensino médio incompleto; ensino médio completo + ensino superior), etnia (branco ou outros), estado civil (com parceiro ou sem parceiro) área (rural ou urbana) e local que residem (Vale do Rio Pardo; Centro-Serra; Carbonífera). Para estimar a adesão utilizou-se o Teste Morisky-Green contendo 8 questões, sendo 7 com respostas dicotômicas de sim ou não (para respostas negativas soma-se 1 ponto) e 1 pergunta de escala Likert. Classificam-se as pacientes como aderentes para valores ≥8 e não aderente valores menores. As análises descritivas foram realizadas pelo programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 23, empregando medidas de frequência (absoluta e relativa). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob o número 1.300.660. Resultados: 99% das pacientes eram aderentes. Apenas 20% das mulheres do grupo apresentam os extremos de idade como ˂40 e ≥70 anos. A renda familiar mensal de 50% delas foi > que 1 salário e < que 3 salários mínimos; 52% são analfabetas ou tem ensino fundamental incompleto, 82% são de etnia branca, 75% apresentam parceiro; 69% residem na área urbana e 87% na Região do Vale do Rio Pardo, entre estas 37% moram na cidade de Santa Cruz do Sul; 11% são da região Carbonífera e apenas 2% da Centro-Serra. Considerações finais: Este grupo de pacientes é altamente aderente, podendo ter sido influenciado pela idade, pois extremos de idade (˂40 e ≥70 anos) favorecem a não adesão e poucas mulheres encontravam-se em risco. Alta renda familiar mensal, razoável
nível de escolaridade, etnia branca, ter um parceiro, residir em área urbana foram o preditores que favorecem a adesão. Estes resultados mostram que as pacientes do Vale do Rio Pardo apresentam alta adesão a HT utilizada no tratamento do CM.
Palavras-chaves: Neoplasias da mama; Antineoplásicos Hormonais; Tamoxifeno; Adesão à Medicação.
nível de escolaridade, etnia branca, ter um parceiro, residir em área urbana foram o preditores que favorecem a adesão. Estes resultados mostram que as pacientes do Vale do Rio Pardo apresentam alta adesão a HT utilizada no tratamento do CM.
Palavras-chaves: Neoplasias da mama; Antineoplásicos Hormonais; Tamoxifeno; Adesão à Medicação.
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