FREQUÊNCIA DE EXACERBAÇÕES EM PACIENTES COM DPOC SUBMETIDOS A UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO PULMONAR

Betina Brixner Brixner, Cristiane Carla Dressler Garske, Alice Pereira Freitas, Ana Paula Helfer Schneider, Andréa Lúcia Gonçalves da Silva, Lisiane Lisboa Carvalho

Resumo


Caracterizada por um agravamento dos sintomas respiratórios dos pacientes diagnosticados com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), a exacerbação é um evento agudo que vai além das variações normais do cotidiano e leva a uma mudança na terapia medicamentosa. São eventos importantes no curso da doença porque afetam negativamente a qualidade de vida do paciente, podendo ser a recuperação deste demorada. Também podem estar associados a uma mortalidade significativa e gerar elevados custos socioeconômicos. Objetivo: Avaliar a frequência de exacerbação em pacientes diagnosticados com DPOC submetidos a um Programa de Reabilitação Pulmonar (PRP) em um hospital de ensino no interior do Rio Grande do Sul – Brasil. Método: Estudo transversal, onde foram analisados prontuários de 32 pacientes diagnosticados com DPOC. A coleta de dados foi realizada em outubro de 2015, através do sistema computadorizado do hospital (MV2000®) e banco de dados do PRP. A amostra foi estratificada em grupos, conforme o tempo de ingresso no PRP: menos de dois meses (grupo 1-G1), de dois a 12 meses (grupo 2-G2) e mais de 12 meses (grupo 3-G3). O estadiamento da DPOC foi conforme Iniciativa Global para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (GOLD). A exacerbação foi classificada quanto aos seus estádios de gravidade como moderada (quando necessitou de atendimento ambulatorial) e grave (quando necessitou internação hospitalar), não sendo levado em consideração o estádio leve da DPOC pois este se trata de alterações que não necessitam atendimento especializado, podendo ser resolvidas no próprio domicílio do paciente. Resultados: Dentre os 32 pacientes, 59,4% homens, com idade de 63,5 ± 6,9 anos, 6,3% mantinham o hábito tabagista e 93,7% eram ex-fumantes. A DPOC foi estadiada em Moderada (25%), Grave (43,7%) e Muito Grave (31,3%). O Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo (VEF1) variou de 0,25 a 2,12, com média de 1,03 (±0,48) sendo o % do predito variando em 12 a 72%, com média de 39,4 ± 15,7% e o VEF1. O G1 foi composto por 4 pacientes e 50% destes apresentaram exacerbações moderadas. O G2 foi composto por 20 pacientes, 65% exacerbaram, sendo que 23% destes pacientes além de exacerbações moderadas, também apresentaram exacerbações graves. O G3 foi composto por 8 pacientes, 37,5% apresentaram exacerbação moderada. Considerações finais: Portadores de DPOC que frequentaram o PRP por tempo superior a 12 meses apresentaram menor frequência e menor intensidade de exacerbação da doença.

Palavras-chave: Reabilitação; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; Exacerbação dos sintomas

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