FREQUÊNCIA DE EXACERBAÇÕES EM PACIENTES COM DPOC SUBMETIDOS A UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO PULMONAR
Resumo
Caracterizada por um agravamento dos sintomas respiratórios dos pacientes diagnosticados com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), a exacerbação é um evento agudo que vai além das variações normais do cotidiano e leva a uma mudança na terapia medicamentosa. São eventos importantes no curso da doença porque afetam negativamente a qualidade de vida do paciente, podendo ser a recuperação deste demorada. Também podem estar associados a uma mortalidade significativa e gerar elevados custos socioeconômicos. Objetivo: Avaliar a frequência de exacerbação em pacientes diagnosticados com DPOC submetidos a um Programa de Reabilitação Pulmonar (PRP) em um hospital de ensino no interior do Rio Grande do Sul – Brasil. Método: Estudo transversal, onde foram analisados prontuários de 32 pacientes diagnosticados com DPOC. A coleta de dados foi realizada em outubro de 2015, através do sistema computadorizado do hospital (MV2000®) e banco de dados do PRP. A amostra foi estratificada em grupos, conforme o tempo de ingresso no PRP: menos de dois meses (grupo 1-G1), de dois a 12 meses (grupo 2-G2) e mais de 12 meses (grupo 3-G3). O estadiamento da DPOC foi conforme Iniciativa Global para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (GOLD). A exacerbação foi classificada quanto aos seus estádios de gravidade como moderada (quando necessitou de atendimento ambulatorial) e grave (quando necessitou internação hospitalar), não sendo levado em consideração o estádio leve da DPOC pois este se trata de alterações que não necessitam atendimento especializado, podendo ser resolvidas no próprio domicílio do paciente. Resultados: Dentre os 32 pacientes, 59,4% homens, com idade de 63,5 ± 6,9 anos, 6,3% mantinham o hábito tabagista e 93,7% eram ex-fumantes. A DPOC foi estadiada em Moderada (25%), Grave (43,7%) e Muito Grave (31,3%). O Volume Expiratório Forçado no primeiro segundo (VEF1) variou de 0,25 a 2,12, com média de 1,03 (±0,48) sendo o % do predito variando em 12 a 72%, com média de 39,4 ± 15,7% e o VEF1. O G1 foi composto por 4 pacientes e 50% destes apresentaram exacerbações moderadas. O G2 foi composto por 20 pacientes, 65% exacerbaram, sendo que 23% destes pacientes além de exacerbações moderadas, também apresentaram exacerbações graves. O G3 foi composto por 8 pacientes, 37,5% apresentaram exacerbação moderada. Considerações finais: Portadores de DPOC que frequentaram o PRP por tempo superior a 12 meses apresentaram menor frequência e menor intensidade de exacerbação da doença.
Palavras-chave: Reabilitação; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; Exacerbação dos sintomasTexto completo:
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