EFEITOS DA VIBRAÇÃO DE CORPO INTEIRO SOBRE A COMPOSIÇÃO CORPORAL EM IDOSAS - ESTUDO PILOTO
Resumo
Introdução: O envelhecimento pode ser definido como uma parte do ciclo da vida caracterizado por alterações físicas, psicológicas e fisiológicas. Nesse processo, a composição corporal e as condições metabólicas são modificadas e os indivíduos idosos apresentam alta prevalência de obesidade, diabetes, hipertensão e hiperlipidemia, entretanto, os que praticam atividade física regular apresentam maior capacidade de realizar suas atividades diárias e se tornam menos susceptíveis à doenças crônicas. As vibrações de corpo inteiro (VCI) são transmitidas através da plataforma vibratória (PV) e esse recurso pode ter aplicabilidade em pacientes idosos que por vezes, apresentam pouca aderência aos treinos convencionais. Objetivo: Avaliar os efeitos da VCI sobre a relação cintura quadril (RCQ), índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC) e percentual de gordura corporal de idosas hígidas. Método: Trata-se de estudo piloto, do tipo quase experimental quantitativo, que avaliou idosas entre 60 e 80 anos de idade do município de Santa Cruz do Sul-RS, tendo as mesmas sido alocadas no Grupo Controle (GC), Grupo Plataforma Vibratória (GPV) e Grupo Plataforma Vibratória associada a exercícios (GPVE). O GC foi submetido apenas a sessões de estética facial, o GPV foi submetido à VCI na PV durante 8 semanas com frequência de 3 vezes semanais em 1 minuto de vibração intercalado com 1 minuto de descanso totalizando 20 minutos de tempo total, frequência de 35 Hz e amplitude de 2 mm e o GPVE foi submetido à VCI sob mesmas características porém associado a exercícios resistidos e ativos livre para membros inferiores e membros superiores. Avaliadas medidas antropométricas (estatura, peso, IMC, RCQ, CC) e realizada bioimpedância para estimar a quantidade de gordura corporal. Análise estatística realizada através do teste t Student para amostras emparelhadas e teste de Tukey. Utilizado o teste ANOVA two way para comparação análise do delta entre os grupos (p<0,05). Resultados: Avaliadas 25 idosas (GC: n=10; GPV: n=8; GPVE: n=7) que apresentaram homogeneidade nas características antropométricas entre os grupos. Evidenciada diferença significativa na CC entre GC (pré-treino = 86,44 cm ± 7,28 cm ® pós-treino = 97,00 cm ± 2,82 cm) e GPVE (pré-treino = 91,88 cm ± 6,15 cm ® pós-teste = 91,71 cm ± 8,15 cm) (p<0,038). Não houve diferença estatística no IMC e na massa gorda entre os momentos pré e pós-treinamento na PV, o que permite inferir que a redução da CC pode estar relacionada à alteração hídrica, já que a VCI proporciona ativação do sistema linfático com maior reabsorção do líquido extracelular. Considerações finais: O treinamento com PV reduziu a CC, podendo tal recurso ser empregue para fins de redução de medidas corporais em idosas hígidas.
Palavras Chave: Envelhecimento; Idoso; Vibração; Exercício; Composição Corporal.
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