PROMOÇÃO DO ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL: UMA ABORDAGEM UROGINECOLÓGICA

Gabriela Maziero, Helena Amelia Rachor, Maria Eduarda de Lara, Renata Trimer, Ana Cristina Sudbrack, Andrea Lúcia Gonçalves da Silva

Resumo


Introdução: Incontinência urinária (IU) é uma disfunção miccional que se caracteriza pela perda involuntária de urina pela uretra, podendo afetar todas as faixas etárias, apesar de ser mais frequente na população idosa. A IU pode ser causada por diferentes fatores. Dentre os principais estão a infecção no trato urinário, a prisão de ventre e o estresse emocional. Ela não é uma doença facilmente tratável e pode ser uma ameaça à autoestima dos pacientes, pois com o passar do tempo pode causar problemas higiênicos e sociais, afetando, assim, a qualidade de vida dos indivíduos. A fisioterapia apresenta diferentes métodos e recursos para prevenir e tratar a IU. A cinesioterapia é a que apresenta melhor efeito sobre a incontinência urinária de esforço (IUF), que se caracteriza pela perda involuntária de urina durante a tosse, espirro ou esforço físico, podendo causar isolamento social e depressão. O projeto Envelhecimento Saudável ? uma  abordagem uroginecológica consiste em uma série de exercícios adequados para promoção, prevenção e fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico. Objetivo: identificar e tratar pacientes com incontinência urinária para promover um envelhecimento saudável. Métodos: Os pacientes que frequentam o Programa de Reabilitação Cardiorrespiratória (PRC) do HSC foram convidados a responder um questionário de saúde pessoal e o questionário de qualidade de vida ?International Consultation on Incontinence Questionnaire ? Short Form? (ICIQ- SF), adaptado e validado para língua portuguesa. O ICIQ-SF é um questionário de qualidade de vida simples, que avalia possíveis incontinências urinárias previstas no paciente. No final do questionário, é realizada a soma do escore: 0 pontos- nenhum impacto, 1 a 3 pontos- leve impacto, 4 a 6 pontos- moderado, 7 a 9 pontos- grave, e 10 ou mais pontos- muito grave. Todos os pacientes receberam tratamento por meio de exercícios fisioterapêuticos direcionados, que foram incluídos no PRC, como segue: exercícios com bola suíça e movimentos latero-laterais, inclinação pélvica, exercício com a bola 10, agachamento profundo com bola de cinesioterapia, exercício de plantiflexão, todos realizados a partir de 2 séries de 10 repetições. Principais resultados: 15 pacientes idosos da PRC participaram do estudo, sendo 8 homens (53,33%) e 7 mulheres (46,67%), com diagnóstico de DPOC (n=9, 60%), Cardíacos (n=4, 26,67%) e Covid-19 (n=1, 6,67%). As idades variaram de 60 a 86 anos, com média de 7-,26 anos. Dos entrevistados, 66,67% não tiveram nenhum impacto, 6,67% tiveram um impacto leve, 6,67% um impacto moderado, 13,33% um impacto muito grave de incontinência urinária sobre a sua qualidade de vida. Conclusão: Com base nos resultados obtidos até o momento e levando em consideração que a incontinência urinária varia entre 3 e 35% na população, a frequência de 43% de incontinência urinária, em nossos pacientes, parece ser elevada. Isto reforça a necessidade da inclusão de exercícios direcionados ao reforço do assoalho pélvico, mesmo em programas de exercícios que não preveem este tipo de atividade, por terem como foco outras patologias, no caso específico DPOC, cardíacos e COVID-19. 


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ISSN 2764-2135