FERIDAS AGUDAS: TRATAMENTO EM UM SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA
Resumo
INTRODUÇÃO: Feridas são consequências de agressões por um agente e podem estar associadas a elevados índices de morbimortalidade mundial. Cicatrizando espontaneamente, as feridas agudas podem não apresentar complicações se seguirem as fases da cicatrização: inflamação, proliferação e remodelação. Uma das principais causas de feridas agudas são as lesões traumáticas, que, juntamente com as feridas crônicas, se tornaram um sério problema de saúde pública. O processo de cicatrização desencadeia um conjunto de eventos vasculares, celulares e bioquímicos, que objetivam substituir as células lesadas por células saudáveis. É nesse momento que a Fisioterapia entra com seus mecanismos eletrotermofototerapêuticos, objetivando a aceleração da cicatrização. Um deles é o LASER de baixa intensidade, que promove efeito analgésico e anti-inflamatório, bem como efeitos benéficos à bioestimulação da cicatrização. O LED (Light Emitting Diode) também age na redução de células inflamatórias, além do aumento da proliferação de fibroblastos, estimulação da angiogênese, formação de tecido de granulação e aumento da síntese de colágeno. O Alta Frequência é um aparelho que opera com correntes alternadas, que geram um campo eletromagnético, produzindo ozônio. Proporcionando efeito térmico que causa vasodilatação periférica local, aumenta o fluxo sanguíneo e o aporte de oxigênio, além de acarretar eventos bioquímicos do metabolismo celular e de proporcionar benefícios à reparação tecidual e efeito antimicrobiano. OBJETIVO: Descrever a experiência vivenciada por acadêmicos do Curso de Enfermagem e Fisioterapia no atendimento multiprofissional a paciente amputado com lesão pós-cirúrgica. METODOLOGIA: Estudo de caso realizado durante as atividades multidisciplinar no Ambulatório de Feridas no Serviço de Reabilitação Física (SRFis) da Universidade de Santa Cruz do Sul. RESULTADOS: Paciente V. F. portador de lesão aguda, de origem traumática, em processo de cicatrização, localizado no coto transfemoral medial direito, nas regiões medial, lateral e anterior. O paciente recebe atendimento semanal no Ambulatório de Feridas desde julho de 2020, apresentando diversas feridas com profundidades e extensão diferentes, sendo a maior com 14X2,5cm e a menor com 2X1cm, com bordos definidos e tecido de granulação em grande quantidade. Lesão plana, drenando secreção purulenta em média quantidade. Nos atendimentos, a enfermagem inicia realizando a antissepsia com soro fisiológico 0,9% e gaze e, em sequência, é realizada a aplicação de métodos eletroterapêuticos pela fisioterapia: Alta Frequência com faiscamento direito, Caneta LASER 660nm frequência 20Hz e densidade 6J/cm², LASER EC portátil densidade 6J/cm² e LED azul e vermelho 6 a 8J/cm². Após a intervenção fisioterapêutica, as feridas são novamente limpas. Então, é aplicado Hidrogel, gaze de Rayon e gaze vaselinada, e coberta com gazes, apósitos e ataduras, fixados com fita adesiva. CONCLUSÃO: Este estudo teve como pontos marcantes as orientações multidisciplinares quanto à higiene e aos cuidados cotidianos do paciente e da ferida, alimentação adequada e mobilidade. Além disso, evidenciou que os atendimentos com os recursos eletrotermofototerapêuticos são importantes no processo de aceleração cicatricial e, desta forma, contribuem para que as discussões multidisciplinares do caso sejam profícuas e busquem aprimorar a terapêutica, o que é fundamental para o êxito do tratamento.
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ISSN 2764-2135