PREMATURIDADE ASSOCIADA À EXPOSIÇÃO VERTICAL AO HIV E SEPSE PRECOCE: UM RELATO DE CASO

Anelise Miritz Borges, Francine Laís Kratzke, Ingre Paz

Resumo


PREMATURIDADE ASSOCIADA À EXPOSIÇÃO VERTICAL AO HIV E SEPSE PRECOCE: um relato de caso Francine Laís Kratzke¹, Ingre Paz², Anelise Miritz Borges³ As internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal estão relacionadas à diversas causas, como prematuridade, Recém-Nascidos (RN) com peso inferior a 1.800 quilos, hipoglicemia, pós-termo, problemas respiratórios que necessitam de oxigenoterapia e/ou ventilação mecânica, entre outros fatores. Define-se como prematuridade quando o RN nasce antes da gravidez completar 37 semanas, cujos fatores contributivos são: infecções, hipertensão arterial, diabetes mellitus, doença cardíaca e renal, descolamento prematuro da placenta, uso abusivo de cigarro, álcool e drogas ilícitas, entre outros. Portanto, a prematuridade, juntamente com o baixo peso ao nascer, é um dos mais importantes fatores relacionados à mortalidade infantil. Assim, o objetivo deste trabalho é relatar o caso de um RN pré-termo internado na UTI neonatal, com complicações decorrentes do parto prematuro, infecção materna do trato urinário e exposição vertical ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Trata-se de um estudo de caso realizado em uma UTI Neonatal, de um hospital de ensino de médio porte, do interior do Rio Grande do Sul. A coleta de dados foi realizada no segundo semestre do ano de 2020, durante as aulas práticas da disciplina Enfermagem no Processo de Cuidar ? Unidade de Clínica Pediátrica, do 6º semestre, do curso de Graduação em Enfermagem, mediante avaliação do paciente, análise do prontuário e buscas científicas em base de dados. O RN nasceu de parto normal, prematuro 26+5, Idade Gestacional Corrigida (IGC) 28+2, peso 925 gramas. Mãe, 27 anos, participou de apenas uma consulta de pré-natal, ITU em tratamento com ampicilina, drogadita (maconha), HIV positivo e está na terceira gravidez, sendo duas cesáreas (G3C2). Recém-nascido internou na unidade devido a hipoglicemia na 1ª hora de vida e hipotermia na chegada. Durante a internação, foi diagnosticado com sepse precoce, tratado durante sete dias com ampicilina, gentamicina e netromicina. Devido as várias alterações fisiológicas que um RN prematuro pode apresentar, há uma demanda muito grande para o enfermeiro nessa unidade, sendo necessário que ele utilize todo o seu conhecimento científico, habilidades técnicas e gerenciais para trabalhar nesse setor. Não obstante, há também a necessidade de fornecer apoio e orientação aos pais desses pacientes. Com isso, conclui-se que o manejo da prematuridade associada a demais complicações e intercorrências exige um grande conhecimento, habilidade técnica e preparo do profissional de enfermagem. Fato que demanda investir no suporte contínuo de capacitações à equipe, com vistas a viabilizar atualizações e momentos de diálogo frente às práticas de cuidado aos recém-nascidos, fortalecendo assim, a assistência.

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ISSN 2764-2135