A REPRESENTATIVIDADE FEMININA NAS CASAS LEGISLATIVAS DO CONGRESSO NACIONAL BRASILEIRO

Tainá Caroline da Rosa Henn, Caroline Muller Bitencourt

Resumo


A participação feminina na vida política do país foi conquistada a duras penas. Inicialmente, o direito ao voto era direito exclusivamente de homens que preenchessem os requisitos necessários para tanto. Com o passar do tempo, e, juntamente com as conquistas que o sexo feminino obteve, seja no âmbito acadêmico ou econômico, surgiu a necessidade de participação política. O pleno direito ao voto feminino foi declarado somente em 1932, após diversos movimentos e protestos da categoria. No entanto, surgiu a questão: até que ponto o voto garante a participação feminina na política? Apesar do voto ser um direito obrigatório estendido a todos os cidadãos plenamente capazes, com mais de 16 anos, quando observamos os representantes que estão no poder, vê-se que há uma grande defasagem quando o assunto é representação politica no Brasil. Para tanto, tal pesquisa tem justamente o objetivo de analisar o padrão político do brasileiro (atualmente homem branco, entre 40 e 70 anos, defensor da família, moral e costumes) e estabelecer uma relação com a falta de incentivo político e de participação da mulher - posto que, assim como o direito ao voto, os partidos políticos voltados a este fim, são relativamente jovens. A realização deste projeto se dará por meio de pesquisas em livros e artigos voltados ao tema, bem como consulta a legislação e análise do ambiente político do Brasil a fim de identificar quais são os pontos mais críticos e solucioná-los por meio de políticas que incentivem a participação feminina uma vez que, como já dito, apesar do direito ao voto, a representação feminina nos ambientes de poder é ínfima. Não obstante, conclui-se com o presente projeto que, apesar das inúmeras conquistas adquiridas pelas mulheres ao longo dos séculos, no âmbito político ainda temos muito a evoluir. A premissa de que ?mulher boa é mulher do lar? não se aplica mais. A misoginia, cada dia mais presentes no campo político, aliada a falta de incentivo, e, em certo ponto, a sororidade feminina faz com que os ambientes de poder sejam dominados por políticos padrão, que relegam as necessidades das ?minorias? (aqui, refiro-me a todos os tipos de minorias, que, em número de habitantes, são maioria), posto que quem está no poder somente privilegia a classe na qual está inserida e àquela mais abastada. Para que a mudança seja efetiva, além da conscientização feminina de que a participação política não se resume somente ao voto, é necessário um trabalho coletivo de auto percepção: você, como cidadão pensante, analisar o que é melhor para o todo, e não para uma classe em especifico.

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ISSN 2764-2135