PROJETO AVALIAÇÃO FUNCIONAL PARA A COMUNIDADE: PROMOÇÃO E PREVENÇÃO EM SAÚDE NO PROJETO UNIAMA

Letícia de Moura Guterres, Guilherme do Canto, Luis Eduardo Pereira Castro, Hildegard Hedwig Pohl, Miriam Beatrís Reckziegel

Resumo


Introdução: Durante o processo fisiológico do envelhecimento, há a diminuição do desempenho funcional, principalmente quando atividades físicas não são executadas frequentemente, o que pode ser comum na terceira idade. Nessa perspectiva, a avaliação funcional estabelece critérios que permitem que o profissional extraia informações para a prescrição individualizada de exercícios e atividades, de acordo com as possibilidades e limitações de cada indivíduo. O Projeto Avaliação Funcional para a Comunidade busca conscientizar sobre a importância da atividade física e demais hábitos saudáveis de diferentes grupos populacionais, entre os quais os participantes do Projeto UNIAMA, que integra pessoas da terceira idade, na Universidade. Objetivo: o objetivo deste estudo foi descrever o perfil de aptidão física de participantes do Projeto UNIAMA, orientando a prática de atividades físicas para a promoção e prevenção em saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal e descritivo, que avaliou, no ano de 2019, dezesseis idosos, de ambos os sexos (onze do sexo feminino), com idade média de 67 anos. As avaliações foram precedidas por explicação sobre o Projeto aos participantes, e, posteriormente, aplicado o questionário ?Pentáculo do Bem-Estar", a fim de constatar o estilo de vida de cada indivíduo. Em seguida, foram aplicados testes antropométricos, de flexibilidade, de força e resistência muscular e de aptidão cardiorrespiratória. As variáveis antropométricas utilizadas foram: peso e estatura para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC=kg/Altura[m]2) e a circunferência da cintura (CC) e do quadril (CQ), para a relação cintura-quadril (RCQ). Na avaliação cardiorrespiratória, em repouso foram analisadas a pressão arterial (PA), e a frequência cardíaca (FC). Em exercício, o teste de caminhada de 6 minutos e o teste de levantar da cadeira e caminhar por 3 metros. Por fim, para avaliar a flexibilidade, força e resistência muscular foram adotados os testes, respectivamente: do manguito rotador; e de sentar e levantar da cadeira; flexão de braços; sentar e alcançar o pé. Resultados: Os resultados indicaram predomínio da faixa de sobrepeso e obesidade (31,2 e 50,0%, respectivamente) no IMC, com risco alto e muito alto de doenças cardiovasculares pela RCQ (50,0%). Os valores de pressão arterial foram classificados como limítrofes e hipertensos e a metade dos idosos apresentou FC com valores abaixo da média e fracos. A partir das atividades desenvolvidas nesse projeto, pode-se ressaltar a importância da avaliação funcional para a prática de exercícios. Dessa forma, o retorno desses resultados aos idosos avaliados tem como ponto central a conscientização deles sobre a promoção e prevenção da saúde, bem como a importância do monitoramento das variáveis para uma melhor qualidade de vida. Conclusão: Os resultados indicam pontos frágeis a serem monitorados, como os valores excessivos de peso corporal e respostas aceleradas na condição cardiovascular em repouso, portanto, vale ressaltar importância da continuidade do acompanhamento de participantes de projetos da Universidade, visando a melhora no estilo de vida e incentivo à prática de exercícios físicos. Nesse sentido, seria fundamental adotar a avaliação funcional nos demais projetos que envolvam a prática de atividade física para o acompanhamento dos efeitos e a busca de resultados mais efetivos para a qualidade de vida desta população.


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ISSN 2764-2135