ORGANIZAÇÃO DE UM BANCO DE SEMENTES DE ARBÓREAS NATIVAS LOCAL

Autores

  • Pedro Schmitt UNISC
  • Rozenir Veise da Paixão UNISC
  • Lucio Eugenio Buenos Dias UNISC
  • Edna dos Santos Malaquias UNISC
  • Amauri Canton Rissini UNISC
  • Antônio Agnaldo Rodrigues de Morais UNISC
  • Daniela Mueller de Lara UNISC
  • Marta Martins Barbosa Prestes UNISC

Resumo

O desmatamento e as queimadas vêm provocando perdas de grandes proporções dos biomas brasileiros, sendo, muitas vezes, motivados pelo garimpo ilegal ou para expansão do agronegócio. Um dos biomas mais devastados é a Mata Atlântica, que percorre pelo leste do Brasil até chegar ao Rio Grande do Sul, Paraguai e norte da Argentina. No Rio Grande do Sul, cobre a área de 37% do território, estando na parte norte do Estado e restando somente 7,5% da área original. Os bancos de sementes são uma alternativa para a preservação de espécies nativas e também para a manutenção da biodiversidade em locais de preservação. O objetivo do trabalho foi organizar um banco para o armazenamento de sementes de espécies presentes na região do Alto da Serra do Botucaraí, Rio Grande do Sul, a qual é composta por 16 municípios. As coletas das sementes foram realizadas em formações florestais naturais, até o momento no município de Soledade, que pertence à região do Alto da Serra do Botucaraí. A coleta foi realizada com auxílio de um podão com dois extensores de três metros cada, sendo preenchida a ficha de identificação, com as informações do nome comum e ou/científico da espécie, data da coleta, local da coleta e nome do coletor, sendo os frutos depositados em caixas de papelão. As sementes foram extraídas dos frutos e secas em ambiente natural, em local arejado e sombreado, sendo após acondicionadas em sacos de papel (28x38cm). A localização da planta matriz foi feita com auxílio de aparelho GPS, assim como realizaram-se registros fotográficos. Com o auxílio de bibliografia especializada, a identificação inicial das espécies foi validada e foram catalogadas no banco, recebendo uma numeração. Após, o material foi armazenado em temperatura de 4º C para a manutenção do poder germinativo. Até o momento, foram realizadas quatro expedições para as coletas, em três áreas de formações florestais naturais. Até então foram coletadas e identificadas quatro espécies, sendo elas: Lueha divarivata Mart. &Zucc (açoita-cavalo), Dasyphyllum brasiliensi (Spreng.) Cabrera (sucará), Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan (angico-vermelho) e Randia ferox (Cham. &Schltd.) DC. (limoeiro-do-mato). O período de coleta se mostrou como um período de transição entre estações, com variações de temperatura nas condições climáticas locais, assim como uma visível degradação nos locais de coleta. Espera-se, a partir do banco de sementes, promover a conservação das espécies arbóreas nativas da região fitoecológica. A partir do banco de semente0s, pretende-se, também, implantar um sistema de produção de mudas para recuperação de áreas degradadas, educação ambiental, revitalização de espaços públicos e para a comunidade em geral, aliando-se a pesquisa e a extensão. Palavras-chave: recursos florestais, espécies nativas, conservação da biodiversidade

Biografia do Autor

  • Pedro Schmitt, UNISC
    UNISC
  • Rozenir Veise da Paixão, UNISC
    UNISC
  • Lucio Eugenio Buenos Dias, UNISC
    UNISC
  • Edna dos Santos Malaquias, UNISC
    UNISC
  • Amauri Canton Rissini, UNISC
    UNISC
  • Antônio Agnaldo Rodrigues de Morais, UNISC
    UNISC
  • Daniela Mueller de Lara, UNISC
    UNISC
  • Marta Martins Barbosa Prestes, UNISC
    UNISC

Publicado

2020-10-15

Edição

Seção

Ciências Exatas da Terra e Engenharias