TRATAMENTO CIRÚRGICO DA SÍNDROME DE EAGLE: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO

Michele Allterman, Lucas Vinicius Fischer, Eduarda Favero, Jamile da Rosa, Wesley Misael krabbe, Pedro Henrique Ferreira de Menezes, Leo Neto

Resumo


Introdução: A Síndrome de Eagle é uma condição rara, com etiologia desconhecida, caracterizada por possuir um alongamento do processo estilóide e/ou calcificação do ligamento estilo-hióideo, que normalmente comprime importantes estruturas neurovasculares próximas. Clinicamente, os pacientes queixam-se de dor cervicofacial crônica, geralmente unilateral, associada, frequentemente, à disfagia e sensação de corpo estranho. Outras sintomatologias como otalgia, cefaleia, disfonia e distúrbios visuais podem estar presentes e todos dependem de vários fatores, incluindo o comprimento e largura da apófise estilóide, o ângulo e direção do desvio e o seu grau de ossificação. Essas alterações resultam da compressão dos nervos cranianos X, XI e XII pares, artérias carótidas e respectivas fibras simpáticas perivasculares. O diagnóstico adequado sempre requer um alto investimento clínico e em recursos complementares imaginológicos. Atualmente, a síndrome pode ser tratada de forma conservadora ou cirúrgica. Cirurgicamente, existem duas abordagens distintas: a abordagem transcervical ou transfaríngea. Objetivo do trabalho: objetiva-se identificar a possibilidade cirúrgica mais efetiva para o tratamento da Síndrome de Eagle. Metodologia: trabalho revisional na base de dados Periódicos CAPES, cujos descritores utilizados foram: Síndrome de Eagle (Eagle Syndrome), Ossificação (Ossification) e Tratamento (Combined Modality Therapy). Foram selecionados artigos entre os anos de 2008 e 2020. Discussão: o tratamento da Síndrome de Eagle está diretamente relacionado ao grau de desconforto do paciente. A  abordagem cirúrgica trasncervical é bastante segura e permite uma retirada completa do processo estilóide, através de uma abordagem entre a mandíbula e o processo mastóideo do temporal. Já a técnica transfaríngea, faz-se primeiramente uma antibioticoprofilaxia, para em seguida abordar via fossa amigdaliana o processo estilóide. Esse é retirado parcialmente. Esse método pode ocasionar uma remissão clínica. Considerações finais: o tratamento cirúrgico para pacientes que apresentam sintomas compatíveis com a Síndrome de Eagle é a melhor conduta terapêutica, sendo a via de abordagem extra-bucal (técnica transervical) a que oferece mais segurança, por permitir melhor campo visual das estruturas nobres próximas ao processo estilóide, como as artérias carótidas e o nervo facial, o que diminui o risco de lesões às mesmas, além de ser a técnica que possibilita uma ressecção mais completa.



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ISSN 2764-2135