O TREINO COGNITIVO E SUA RELAÇÃO COM AUTOESTIMA EM IDOSOS

Tainá Rossi, Jéssica Santos Machado, Daiane Santos de Oliveira, Valéria Gonzatti, Tatiana Quarti irigaray

Resumo


A literatura aponta que os efeitos do treino cognitivo estão relacionados ao envelhecimento bem-sucedido e com qualidade de vida. Uma das hipóteses explicativas para este achado é que são muitos os fatores que interferem na autonomia, autoestima e nas atividades de vida diária. O sexo, o humor e as questões econômicas são contingências que são investigadas como condições que influenciam no envelhecer. Intervenções cognitivas podem influenciar no dia a dia dos idosos e, com isso, melhorar a percepção sobre suas capacidades. Isso, porque o treino cognitivo pode ser direcionado a uma função cognitiva específica e/ou estimular outras funções, que, inicialmente, não eram o foco principal, mas que, também, se beneficiam com esta intervenção. Em decorrência do cenário atual, muitas atividades precisaram se adaptar para o modo virtual, especialmente se tratando de atividades para a população idosa, que está em destaque como grupo de risco ao coronavírus (COVID-19). Desta forma, o objetivo desta pesquisa foi verificar os níveis de autoestima em dois momentos, pré- e pós-intervenção, com o treino cognitivo de forma remota. Este estudo faz parte de um projeto maior com idosos neurologicamente preservados. Os idosos foram convidados para participar da pesquisa pelas redes sociais. Os critérios de inclusão foram ter mais que 60 anos, alfabetizado e com acesso à internet, independente do dispositivo (computador, tablet ou smartphone). Os que aceitaram foram submetidos a uma avaliação inicial e serão reavaliados após uma intervenção cognitiva de atividades de forma remota. Serão  administrados, nos dois momentos, o questionário de dados sociodemográficos (idade, anos de estudo, profissão, entre outros), Escala de autoestima de Rosenberg (questionário autoaplicável que possui cinco afirmações referentes a uma visão positiva de si mesmo e cinco referentes a uma visão autodepreciativa, que avaliam a autoestima global do sujeito) e 12 sessões de treino cognitivo através do google sala de aula. A pesquisa ainda está em andamento e foram realizadas as avaliações iniciais. Nos idosos avaliados percebe-se, qualitativamente, que os participantes estão apreensivos com o atual momento de pandemia e referem isso em suas respostas. Espera-se com este estudo que diferenças sejam encontradas entre os níveis de autoestima nas avaliações realizadas pré- e pós-treino. 

O presente trabalho está sendo realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal Nível Superior ? Brasil (CAPES) ? Código de Financiamento 001 e em apoio com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

 


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


ISSN 2764-2135