O IMPACTO DA ALIMENTAÇÃO NA EVOLUÇÃO DA ARCADA DENTÁRIA
Resumo
Introdução: O homem vem se preocupando com o impacto que suas necessidades naturais podem causar ao próprio organismo e ao meio que o cerca. Porém, estudos a respeito da evolução da arcada e ossos da face são muito limitados. Hoje em dia, há um grande debate sobre a correta alimentação do homem, que envolve aspectos sociais e biológicos. Enquanto que, antigamente, se utilizava os dentes não só para cortes de alimentos, mas também para cortes de objetos, hoje vivemos em um mundo cheio de instrumentos e tecnologias. Pode-se, por exemplo, cortar um alimento em vários pedaços com uma faca, ao invés de utilizar a força muscular e os dentes. A sociedade vem passando a ter uma dieta diferente em relação a seus ancestrais, que vem se adaptando a rotina da humanidade atual. O homem deixou de caçar e colher o seu próprio alimento e começou a usá-lo como uma fonte de renda, que é uma necessidade para conviver na sociedade atual (exceto alguns grupos que não fazem parte da cultura de nossa sociedade, como exemplo, tribos indígenas retiradas). A alimentação deixou de ser apenas um fator biológico de sobrevivência e tornou-se algo sofisticado. Os alimentos industrializados são um dos setores mais importantes para a economia, logo não é de interesse apenas para o consumidor. Para que as vendas desse setor sejam sempre lucrativas, é necessário existir sempre um grande interesse pelo consumo. Desta maneira, cada vez mais substâncias com o propósito de deixar os alimentos mais atrativos são adicionadas. Essas substâncias, chamadas de aditivos alimentares, podem manter, modificar e realçar o sabor dos diversos produtos fabricados. Objetivo: associar a evolução da arcada dentária com a dieta humana ao longo dos anos, analisando a interferência da alimentação na formação dos dentes atuais e futuros. Metodologia: Revisão da literatura em periódicos científicos da base de dados (Pubmed, Scielo e Google Acadêmico) e em livros disponíveis no acervo da biblioteca da Universidade de Santa Cruz do Sul sobre o tema de pesquisa proposto. Resultados: A discussão e pesquisa nessa área são bases para o conhecimento de agenesias dentárias e maloclusões, que no decorrer dos anos se tornam mais frequentes na população. Crianças são atraídas e começam a consumir alimentos industrializados que não necessitam de grande esforço mastigatório desde muito cedo, sendo esse um dos grandes motivos para a maloclusão. Alimentos tão fáceis de digerir nesta vida moderna e agitada tornam os 32 dentes humanos um excesso para pouca utilização nesta cultura. São frequentes agenesias de incisivos laterais e pré-molares, em um índice de 1,6% a 9,6% na população mundial. A etiologia dessas ausências dentárias ainda não está totalmente esclarecida, porém, em comunidades onde há uma dieta rica em alimentos de consistência dura e fibrosa, prevalece uma arcada favorável. Nessa alimentação, os músculos da mastigação são fortalecidos, onde toda essa força é necessária para o desenvolvimento normal dos maxilares. Conclusão: A arcada dentária vem se modificando. A não-necessidade de grande esforço mastigatório, cada vez mais presente, torna os maxilares menos desenvolvidos para os 32 dentes humanos.
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ISSN 2764-2135