Mostra de Extensão, Ciência e Tecnologia da Unisc

O isolamento social é um dos recursos essenciais para reduzir o ritmo de propagação do novo coronavírus na população, assim como para resguardar a população idosa. A saúde do idoso com doenças crônicas, tais como hipertensão e diabetes mellitus, tipo um (1) e tipo dois (2), requer maior atenção devido a pandemia do novo coronavírus. As mudanças do cotidiano com o isolamento e distanciamento social desencadearam sentimentos depressivos, de ansiedade e de solidão nessa faixa etária, que se tornou o principal grupo de risco. Este estudo tem por objetivo avaliar as alterações da saúde do idoso com doenças crônicas em isolamento social, acompanhados pelo Serviço Integrado de Saúde (SIS), na cidade de Santa Cruz do Sul, RS. Trata-se de um estudo descritivo, onde os dados foram coletados por meio de visitas domiciliares (VDs) na disciplina de Prática Clínica na Atenção à Saúde do Adulto e Idoso, do curso de Enfermagem da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). As bolsistas do projeto de extensão Diabéticos e Hipertensos, juntamente com a professora responsável pela disciplina,  analisaram os dados coletados pelos alunos através do instrumento de coleta e das evoluções, onde constam os sinais vitais, entre eles: temperatura (T), pressão arterial (PA), HGT (capilar), frequência cardíaca (FC) e frequência respiratória (FR), queixas e anamnese. A metodologia utilizada se constituiu de um método avaliativo, que abrange além dos dados científicos, os sinais de alterações de saúde mental dessa população de risco, por consequência do isolamento social. As observações  desses dados evidenciaram que os sinais vitais não apresentaram alterações diferentes das já apresentadas anteriormente. Entretanto, os idosos relataram sentimentos de solidão, ansiedade, estresse e falta de perspectiva de retorno à normalidade de suas rotinas. A partir dos dados e das observações realizadas durante as visitas, foi possível problematizar e refletir os impactos da pandemia do novo coronavírus (COVID-19) na rotina diária de todos, principalmente dos idosos, população mais sensível a desenvolver complicações acarretadas pelo vírus e pelo isolamento social. Tais evidências indicam a relevância das visitas domiciliares, que se constituem de momentos de troca de informações sobre este momento atípico na vida dos idosos, e também proporcionam momentos de interação.