SOLUÇÕES IRRIGADORAS EMPREGADAS NO PREPARO QUÍMICO DO CANAL RADICULAR DE DENTES SUBMETIDOS À REVASCULARIZAÇÃO PULPAR
Resumo
Introdução: A revascularização pulpar surgiu na última década, como alternativa para o tratamento de dentes imaturos com rizogênese incompleta e necrose pulpar. O procedimento consiste na desinfecção química do canal radicular e posterior sobreinstrumetação apical para indução de sangramento e formação de coágulo sanguíneo, servindo como estímulo para que o dente continue seu processo de formação radicular, com o fechamento do forame apical e espessamento das paredes radiculares. O processo permite o fortalecimento do dente, minimiza riscos e aumenta sua longevidade. Objetivo: Diante de diferentes substâncias irrigantes utilizadas nas terapias endodônticas, o objetivo desse estudo foi analisar quais as soluções irrigadoras mais indicadas para procedimentos de revascularização pulpar, analisando suas características e propriedades. Metodologia: Uma revisão de literatura foi realizada através de artigos recentes, tendo em vista ser ainda uma técnica em constante pesquisa, abordando os últimos protocolos de irrigação recomendados para o preparo químico do canal radicular em procedimentos de revascularização pulpar. A pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases de dados científicas e certificadas (PubMed, Scielo, Capes) em meios digitais considerados referências na área. Resultados: Toda literatura reforça a importância do preparo mecânico ser evitado na técnica da revascularização pulpar, devido às finas paredes dentinárias que os dentes imaturos possuem. Assim, reafirmam que o uso das soluções irrigadoras é fundamental no preparo químico do canal radicular, associado à ativação das substâncias para maior efetividade na desinfecção. A Associação Americana de Endodontia (AAE) e a Sociedade Europeia de Endodontia (SEE) recomendam, para procedimentos regeneradores, a irrigação ultrassônica passiva inicial com hipoclorito de sódio (NaOCI), em baixas concentrações (1% ou 1,5%), que, desta forma, podem promover maior sobrevida e diferenciação das células-tronco da papila apical. Como um dos irrigantes finais, recomendam a solução de EDTA à 17% e o soro fisiológico, nessa ordem. O EDTA tem a capacidade de, ao ligar íons, cálcio, induzir crescimento da dentina radicular, pela sua liberação de fatores de crescimento, entre eles o transformante beta [TGF] -ß, resultando na formação de tecido mineralizado. O uso do soro fisiológico se mostrou eficaz como irrigante final, pois neutraliza a ação NaOCI e sua toxicidade aos tecidos periapicais. Conclusão: A seleção e o uso adequado das substâncias químicas nos procedimentos de revascularização pulpar são fundamentais para a remoção de microrganismos e ação no controle da infecção, oriundas da necrose pulpar e contribuem para elevar os níveis de sucesso desse importante procedimento destinado aos dentes imaturos.
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ISSN 2764-2135