AVALIAÇÃO DAS RELAÇÕES FAMILIARES EM IDOSOS ASSISTIDOS EM UM CENTRO DE CONVIVÊNCIA DE MELHOR IDADE (CCMI)

Thaís Franco da Silva, Mayra Seibert, Éboni Marilia Reuter

Resumo


Introdução: Com o processo de envelhecer podemos perceber que ocorrem não só alterações biológicas, mas também psicológicas e sociais, podendo acontecer em maior ou menor grau, variando conforme as alterações biológicas e o estilo de vida de cada pessoa. Nesse sentido, a família e as relações familiares constituem uma base sólida e importante de suporte para esse idoso. Sendo a estrutura familiar um componente fundamental e essencial para manter o bem-estar e a qualidade de vida desse indivíduo. Logo, as mudanças nas exigências sociais constituem fatores de risco em potencial, deixando o idoso mais suscetível à dependência parcial ou total nas suas atividades de vida diária. Partindo desse pressuposto, espaços como o Centro de Assistência Social (CRAS) e Centro de Convivência de Melhor Idade (CCMI) buscam ofertar aos idosos experiências de educação em saúde, atividades culturais, esportivas, de lazer e de recreação, visando um melhor enfrentamento da velhice, bem como, das enfermidades que podem estar associadas. Objetivo: Avaliar a funcionalidade da família no cotidiano de idosos assistidos no CCMI. Método: estudo transversal realizado na disciplina de Estágio Supervisionado em Fisioterapia na Saúde Coletiva I e II. Os dados foram coletados no CCMI, localizado no bairro Cristal Harmonia em Santa Cruz do Sul, no período de março de 2020. Estavam aptos para participar do estudo indivíduos participantes do CCMI, com idade superior a 60 anos. Avaliou-se a funcionalidade de família dos indivíduos utilizando-se do instrumento APGAR de Família, o qual é traduzido, adaptado e validado na língua portuguesa. Os idosos que participaram do estudo receberam uma explicação sobre o objetivo do instrumento e lhes foi solicitado sua colaboração. O APGAR de Família é composto por 5 funcionalidades: Adaptation (adaptação), Partnership (companheirismo), Growth (desenvolvimento), Affection (afetividade) e Resolve (capacidade resolutiva). Cada um dos domínios permite três tipos de resposta: ?SEMPRE?, ?ALGUMAS VEZES? e ?NUNCA?, sendo 2, 1 e 0 pontos, os valores atribuídos respectivamente. O escore resultante é derivado do somatório dos valores atribuídos em cada domínio. A representação numérica total está relacionada com a funcionalidade familiar (boa funcionalidade, moderada ou alta disfuncionalidade), sendo de 0 a 4 = elevada disfunção familiar, de 5 e 6 = moderada disfunção familiar e de 7 a 10 = boa funcionalidade familiar. Resultados: Foram avaliados 26 indivíduos idosos, sendo 69% do sexo feminino, com média de idade de 78 anos. Foi constatado, através do instrumento que 88% dos pacientes relataram boa funcionalidade familiar; 8% dos pacientes relataram moderada disfunção familiar e apenas 4% relataram elevada disfunção familiar. Dentre os domínios, os que obtiveram menor score foram Adaptation, que está relacionada com a assistência que o individuo necessita do seu familiar, outro que pode-se perceber um menor score é Parntership, que demonstra a relação de companheirismo entre o indivíduo e seu familiar. Conclusão: através dos resultados apresentados foi possível observar que a maioria dos indivíduos apresentaram altos índices do APGAR, demonstrando a prevalência de boa funcionalidade familiar no cotidiano dos indivíduos que participam de um centro de convivência de idosos, representando, dessa forma, uma maior capacidade de adaptação.


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ISSN 2764-2135