SUBJETIVIDADE E PANDEMIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA DO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL

Alexandra Barbosa Mazoni, Pedro Juan Lawisch Rodríguez, Caroline Plates da Silva, Laura da Silva Fanck, Almerindo Antônio Boff

Resumo


Introdução: A presente escrita trata-se de um relato de experiência de oficinas desenvolvidas pela Liga Acadêmica de Psiquiatria da Universidade de Santa Cruz do Sul (LAP-UNISC), com adolescentes do Ensino Fundamental e Ensino Médio de uma escola privada do município de Santa Cruz do Sul. As oficinas acontecem anualmente e são divididas em Módulo I, com as turmas do oitavo ano, e Módulo II, com as turmas do nono ano do Ensino Fundamental. Com a pandemia Covid-19 e a suspensão das aulas presenciais, as dinâmicas foram adaptadas para o ambiente virtual, com o intuito de continuar proporcionando espaços de diálogos e reflexão acerca de diversos temas pertinentes para o público. Objetivo: Relatar a experiência de realizar oficinas na modalidade virtual, através da plataforma Google Meet. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de oficinas realizadas de forma online, com cerca de 40 adolescentes, entre 13 e 14 anos. Ao todo, foram realizados quatro encontros, cada um com duração de 60 minutos, no período do mês de agosto de 2020. As temáticas escolhidas foram abordadas através de estratégias participativas, como jogos na plataforma Kahoot, apresentação de slides e vídeos. Ao longo de cada oficina, era proporcionado espaço para dúvidas e comentários, bem como um formulário para dúvidas enviadas de modo anônimo e uma enquete para avaliação das oficinas. A temática de Sexualidade e LGBTQIA+ contou com a participação de uma psicóloga pós-graduanda no assunto, objetivando uma abordagem mais aprofundada. Principais resultados: Ao todo, 18 alunos responderam a pesquisa de satisfação. 61,1% estavam satisfeitos e 38,9% muito satisfeitos com a qualidade das oficinas. 61,1% qualificaram o conteúdo das oficinas como sendo excelente, 16,7% como sendo muito bom, 11,1% como sendo bom, 5,6% muito bom e 5,6% regular. Quando questionados se os encontros proporcionaram alguma reflexão por parte do aluno, 83,3% declararam que sim, 11,1% mais ou menos e 5,6% não. A oficina ?Sexualidade e LGBTQIA+.? foi a favorita de 38,9% dos que responderam o questionário, seguida pela ?Valorização da Vida? e ?Bullying?, ambas com 22,2%. Quando questionados se estariam dispostos a participar de outra oficina da Liga de Psiquiatria, 55,6% responderam que sim, 22,2% talvez, e 22,2% não. Conclusões do trabalho: Percebeu-se que as atividades contribuíram para estimular a reflexão sobre as temáticas propostas e trocas de experiência entre os alunos. No que se refere à adaptação para a modalidade virtual, prejuízos e/ou obstáculos para a realização das oficinas não foram observados, possivelmente, devido à familiarização dos alunos com a plataforma utilizada, visto que as aulas estavam acontecendo no mesmo espaço virtual.

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ISSN 2764-2135