ATENDIMENTOS DE FISIOTERAPIA ESPORTIVA EM UMA COMPETIÇÃO DE CROSSFIT NA CIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL
Resumo
Introdução: O Crossfit é uma das modalidades esportivas que mais cresce no mundo desde 2005. A atividade, geralmente, é iniciada com um aquecimento, após, é feito um treino de técnica ou melhora de força, e, por último, o treino de condicionamento metabólico. Quando esses treinos são realizados juntos, formam o WOD, que é uma sigla para ?WorkoutOftheDay?, uma expressão em inglês que significa Treino do Dia. É um programa de treinamento com uma metodologia de alta intensidade, que leva os músculos a trabalharem intensamente e com pequenos intervalos de tempo para recuperação. Por esse motivo, a Fisioterapia é indispensável para uma melhor e mais rápida recuperação, prevenindo e/ou tratando as lesões consequentes da prática esportiva. Objetivo: Relatar a importante vivência de acadêmicos de fisioterapia em um campeonato de Crossfit. Metodologia: Em um campeonato de Crossfit, denominado Oktobergames, na cidade de Santa Cruz do Sul, nos dias 29 de fevereiro e 1º de março de 2020, no Ginásio da cidade, Poliesportivo, ocorreu uma parceria com o curso de fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul. Os estudantes realizaram uma vivência prática, sob a orientação de dois professores quanto ao atendimento na área da fisioterapia esportiva, em que auxiliaram nos atendimentos dos atletas competidores, para a recuperação muscular após cada WOD. O tempo máximo de atendimento disponibilizado, para cada atleta, era de 15 minutos, quando o fisioterapeuta avaliava e realizava algumas técnicas, como o alongamento manual, liberação manual, podendo ser intercalado com liberação instrumental, utilização de massageador de alta intensidade (Hypervolt), ventosaterapia; também avaliava a necessidade de imersão na banheira de gelo, utilização de bolsas de gelo, rolo de autoliberação miofascial, bota compressiva e compressão aliada à crioterapia (Game Ready). Resultados: No sábado, primeiro dia de evento, foram 10 horas consecutivas de atendimento, já no segundo dia de evento, no domingo, foram 8 horas de trabalho. Durante os atendimentos, nos dois dias, surgiram diversos atletas por busca de atendimento. No sábado, na parte da manhã, a procura pelo Recovery foi mais para a recuperação de membros superiores, e, na parte da tarde, de membros inferiores. Já no domingo, a procura não foi somente por região do corpo. Notou-se que os atletas traziam queixas generalizadas quanto à localização de dor ou contratura muscular, devido à exaustão que seus corpos apresentavam pelo somatório das provas. Devido ao tempo determinado ser de 15 minutos, pedíamos que relatassem a região que mais lhe incomodava. Os acadêmicos utilizavam, geralmente, mais de uma técnica ou instrumentos de atendimento para que os atletas pudessem seguir na competição. Após a realização das técnicas manuais, orientava-se e auxiliava os alongamentos dos músculos utilizados. Ao fim de cada atendimento, o relato dos atletas era sempre positivo, com retorno à competição. Conclusão: Foi uma oportunidade de muito aprendizado, para o entendimento da fisioterapia desportiva, em que podemos perceber que, tanto as técnicas manuais quanto seus instrumentos mais tecnológicos, são de suma importância para uma recomposição musculoesquelética, principalmente, quando associados, mantendo o atleta na competição e melhorando o seu desempenho. Além disso, a interação e comunicação fisioterapeuta-atleta é pertinente para o melhor entendimento das reais necessidades do competidor naquele momento.
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ISSN 2764-2135