ATENDIMENTOS DE FISIOTERAPIA ESPORTIVA EM UMA COMPETIÇÃO DE CROSSFIT NA CIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL

Kethelen Fortes da Silva, Náthalie da Costa, Lisiane Lisboa Carvalho, Rafael Kniphoff da Silva

Resumo


Introdução: O Crossfit é uma das modalidades esportivas que mais cresce no mundo desde 2005. A atividade, geralmente, é iniciada com um aquecimento, após, é feito um treino de técnica ou melhora de força, e, por último, o treino de condicionamento metabólico. Quando esses treinos são realizados juntos, formam o WOD, que é uma sigla para ?WorkoutOftheDay?, uma expressão em inglês que significa Treino do Dia. É um programa de treinamento com uma metodologia de alta intensidade, que leva os músculos a trabalharem intensamente e com pequenos intervalos de tempo para recuperação. Por esse motivo, a Fisioterapia é indispensável para uma melhor e mais rápida recuperação, prevenindo e/ou tratando as lesões consequentes da prática esportiva. Objetivo: Relatar a importante vivência de acadêmicos de fisioterapia em um campeonato de Crossfit. Metodologia: Em um campeonato de Crossfit, denominado Oktobergames, na cidade de Santa Cruz do Sul, nos dias 29 de fevereiro e 1º de março de 2020, no Ginásio da cidade, Poliesportivo, ocorreu uma parceria com o curso de fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul. Os estudantes realizaram uma vivência prática, sob a orientação de dois professores quanto ao atendimento na área da fisioterapia esportiva, em que auxiliaram nos atendimentos dos atletas competidores, para a recuperação muscular após cada WOD. O tempo máximo de atendimento disponibilizado, para cada atleta, era de 15 minutos, quando o fisioterapeuta avaliava e realizava algumas técnicas, como o alongamento manual, liberação manual, podendo ser intercalado com liberação instrumental, utilização de massageador de alta intensidade (Hypervolt), ventosaterapia; também avaliava a necessidade de imersão na banheira de gelo, utilização de bolsas de gelo, rolo de autoliberação miofascial, bota compressiva e compressão aliada à crioterapia (Game Ready). Resultados: No sábado, primeiro dia de evento, foram 10 horas consecutivas de atendimento, já no segundo dia de evento, no domingo, foram 8 horas de trabalho. Durante os atendimentos, nos dois dias, surgiram diversos atletas por busca de atendimento. No sábado, na parte da manhã, a procura pelo Recovery foi mais para a recuperação de membros superiores, e, na parte da tarde, de membros inferiores. Já no domingo, a procura não foi somente por região do corpo. Notou-se que os atletas traziam queixas generalizadas quanto à localização de dor ou contratura muscular, devido à exaustão que seus corpos apresentavam pelo somatório das provas. Devido ao tempo determinado ser de 15 minutos, pedíamos que relatassem a região que mais lhe incomodava. Os acadêmicos utilizavam, geralmente, mais de uma técnica ou instrumentos de atendimento para que os atletas pudessem seguir na competição. Após a realização das técnicas manuais, orientava-se e auxiliava os alongamentos dos músculos utilizados. Ao fim de cada atendimento, o relato dos atletas era sempre positivo, com retorno à competição. Conclusão: Foi uma oportunidade de muito aprendizado, para o entendimento da fisioterapia desportiva, em que podemos perceber que, tanto as técnicas manuais quanto seus instrumentos mais tecnológicos, são de suma importância para uma recomposição musculoesquelética, principalmente, quando associados, mantendo o atleta na competição e melhorando o seu desempenho. Além disso, a interação e comunicação fisioterapeuta-atleta é pertinente para o melhor entendimento das reais necessidades do competidor naquele momento.

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


ISSN 2764-2135