CONSUMO DE SUPLEMENTOS ESPORTIVOS POR PRATICANTES DE EXERCICIOS FÍSICOS EM ACADEMIA: RELAÇÃO COM MARCADORES BIOQUÍMICOS DA FUNÇÃO RENAL E HEPÁTICA
Resumo
INTRODUÇÃO: A busca pela prática de exercícios físicos em academia tem aumentado, bem como o uso de suplementos esportivos. Com a expectativa de acelerar os resultados almejados, muitas vezes, os praticantes de academia utilizam suplementos esportivos sem a orientação de um profissional capacitado, podendo levar a efeitos adversos à saúde, como alterações nas funções hepática e renal. OBJETIVO: o presente estudo tem como objetivo avaliar a relação entre a categoria de suplementos esportivos e marcadores da função hepática e renal de usuários de academias de Santa Cruz do Sul/RS, Brasil. METODOLOGIA: trata-se de um estudo descritivo transversal, com praticantes de academia de Santa Cruz do Sul/RS, Brasil, que fazem uso de suplementos esportivos. Os praticantes de academia responderam a um questionário on-line, relatando os tipos de suplementos esportivos que utilizavam, os quais foram subdivididos em três categorias: alimentos esportivos, suplementos ergogênicos e suplementos médicos. Realizou-se, também, uma coleta sanguínea para a avaliação dos marcadores bioquímicos da função renal (enzimas alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), fosfatase alcalina (AKP) e gama-glutamiltransferase (Gama-GT) e hepática (creatinina e ureia). Os dados coletados foram tabulados no programa GraphPad Prism 6.1, empregando-se o teste Mann Whitney e Kruskal-Wallis, seguido do pós-teste de Dunn. RESULTADOS: foram avaliados 99 indivíduos praticantes de academia que faziam uso de suplementos esportivos com idade média de 41,2±14,3 anos e com prevalência do sexo masculino (51,0%). Dentre as categorias de suplementos esportivos relatadas, 75,8% dos praticantes de academia faziam uso de alimentos esportivos, seguidos dos suplementos médicos (34,3%) e ergogênicos (34,3%). Ao analisar os dados bioquímicos da função hepática e renal, a maioria dos indivíduos que fazia uso de suplementos esportivos (homens e mulheres) apresentaram os marcadores bioquímicos normais. Valores bioquímicos da função hepática (ALT, AST, AKP e Gama-GT) não diferiram significativamente entre as categorias de suplementos esportivos utilizados, tanto para as mulheres (p>0,05), quanto para os homens (p>0,05). Os dados referentes à função renal entre as categorias de suplementos esportivos utilizados por usuárias de academia também não diferiram significativamente para o sexo feminino (p>0,05), bem como para o sexo masculino (p>0,05). CONCLUSÃO: os níveis bioquímicos da função renal e hepática não diferiram entre as categorias de suplementação, tanto no sexo feminino, quanto no sexo masculino.
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ISSN 2764-2135