CONSUMO DE SUPLEMENTOS ESPORTIVOS POR PRATICANTES DE EXERCICIOS FÍSICOS EM ACADEMIA: RELAÇÃO COM MARCADORES BIOQUÍMICOS DA FUNÇÃO RENAL E HEPÁTICA

Gabriela Moura Soares, Thalia Gama da Silva, Eduarda da Silva Limberger Castilhos, Diene da Silva Schlickmann, Caroline dos santos, Patricia Molz, Silvia Isabel Rech Franke, Renato Alberto Weber Colombelli

Resumo


INTRODUÇÃO: A busca pela prática de exercícios físicos em academia tem aumentado, bem como o uso de suplementos esportivos. Com a expectativa de acelerar os resultados almejados, muitas vezes, os praticantes de academia utilizam suplementos esportivos sem a orientação de um profissional capacitado, podendo levar a efeitos adversos à saúde, como alterações nas funções hepática e renal. OBJETIVO: o presente estudo tem como objetivo avaliar a relação entre a categoria de suplementos esportivos e marcadores da função hepática e renal de usuários de academias de Santa Cruz do Sul/RS, Brasil. METODOLOGIA: trata-se de um estudo descritivo transversal, com praticantes de academia de Santa Cruz do Sul/RS, Brasil, que fazem uso de suplementos esportivos. Os praticantes de academia responderam a um questionário on-line, relatando os tipos de suplementos esportivos que utilizavam, os quais foram subdivididos em três categorias: alimentos esportivos, suplementos ergogênicos e suplementos médicos. Realizou-se, também, uma coleta sanguínea para a avaliação dos marcadores bioquímicos da função renal (enzimas alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), fosfatase alcalina (AKP) e gama-glutamiltransferase (Gama-GT) e hepática (creatinina e ureia). Os dados coletados foram tabulados no programa GraphPad Prism 6.1, empregando-se o teste Mann Whitney e Kruskal-Wallis, seguido do pós-teste de Dunn. RESULTADOS: foram avaliados 99 indivíduos praticantes de academia que faziam uso de suplementos esportivos com idade média de 41,2±14,3 anos e com prevalência do sexo masculino (51,0%). Dentre as categorias de suplementos esportivos relatadas, 75,8% dos praticantes de academia faziam uso de alimentos esportivos, seguidos dos suplementos médicos (34,3%) e ergogênicos (34,3%). Ao analisar os dados bioquímicos da função hepática e renal, a maioria dos indivíduos que fazia uso de suplementos esportivos (homens e mulheres) apresentaram os marcadores bioquímicos normais. Valores bioquímicos da função hepática (ALT, AST, AKP e Gama-GT) não diferiram significativamente entre as categorias de suplementos esportivos utilizados, tanto para as mulheres (p>0,05), quanto para os homens (p>0,05). Os dados referentes à função renal entre as categorias de suplementos esportivos utilizados por usuárias de academia também não diferiram significativamente para o sexo feminino (p>0,05), bem como para o sexo masculino (p>0,05). CONCLUSÃO: os níveis bioquímicos da função renal e hepática não diferiram entre as categorias de suplementação, tanto no sexo feminino, quanto no sexo masculino.


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ISSN 2764-2135