INCIDÊNCIA DE LESÕES NERVOSAS EM EXTRAÇÕES DE TERCEIROS MOLARES INFERIORES PRÓXIMOS AO CANAL MANDIBULAR

Karoline Kniphoff dos Santos, Isabella de Miranda Brandalise, Jamile da Rosa, Michele Altermann Platen, Wesley Misael Krabbe, Heloísa Souza Pinto, Amanda Olga Muller, Cristian Raul Froemming, José Luiz Piazza

Resumo


Introdução: A cirurgia de exodontia dos terceiros molares é o procedimento mais comumente realizado na especialidade de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial por motivos díspares: desde falta de espaço na arcada dentária, mal posicionamento do elemento dentário, incapacidade de acessibilidade para boa higienização, ausência do dente antagonista. A cirurgia de remoção dos terceiros molares inferiores pode ser complicada por distúrbios causados por danos a estruturas nervosas, entre eles estão a parestesia do nervo alveolar inferior e a parestesia do nervo lingual, devido à sua proximidade anatômica em relação aos terceiros molares inferiores. A parestesia é uma condição localizada de insensibilidade da região inervada pelo nervo em questão, que ocorre quando se provoca a lesão dos nervos sensitivos. Objetivo: Através deste trabalho de revisão de literatura, o grande objetivo é avaliar de modo geral a incidência de lesões nervosas ocasionadas nas exodontias dos terceiros molares inferiores próximos ao canal mandibular. Metodologia: O presente estudo é do tipo revisão de literatura. A pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases de dados científicas e certificadas (PubMed, Scielo, Capes), em meios digitais considerados referências na área. Resultados: A literatura reforça que, nas exodontias dos terceiros molares inferiores próximos ao canal mandibular é comum que ocorra tanto a parestesia do nervo alveolar inferior, como também a parestesia do nervo lingual. Sendo mais comum, a parestesia do nervo alveolar inferior. A literatura também defende que para o cirurgião-dentista realizar uma exodontia corretamente ele deve seguir alguns princípios, como: realizar uma anamnese completa do histórico médico e histórico odontológico do paciente. Com a anamnese completamente preenchida, o cirurgião-dentista já pode se alertar para alguns fatores como a idade do paciente, quais medicamentos ele utiliza, se possui alguma doença crônica. Além da anamnese, também deve ser realizado um minucioso estudo da radiografia do paciente, tendo em vista que cada paciente pode possuir uma anatomia diferente em relação as inervações.  O cirurgião-dentista também deve sempre saber sobre a anatomia da região em que ele irá realizar o procedimento. Outro princípio levado em consideração para realizar um procedimento corretamente é a habilidade do operador que com mais anos de trabalho e prática acaba adquirindo maiores habilidades e técnicas para realizar o procedimento. Todos esses princípios levam a um melhor prognóstico do procedimento e do pós-operatório do paciente. Conclusão: É necessário que o cirurgião-dentista, previamente a realização de exodontias de terceiros molares inferiores, realize uma avaliação criteriosa do caso, com a requisição de exames complementares, caso seja necessário, evitando posteriores desconfortos ao paciente e, assim, aumentando sua qualidade de vida.


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ISSN 2764-2135