CIRURGIA PRÉ-PROTÉTICA DE APROFUNDAMENTO DE VESTÍBULO DA MAXILA: RELATO DE CASO

Cristian Raul Froemming, Caroline Helfer Goetze, Isabella de Miranda Brandalise, Karoline Kniphoff dos Santos, Michele Alterman Platen, Heloisa Souza Pinto, José Luiz Piazza

Resumo


Introdução: Pacientes desdentados sofrem continuamente com reabsorção do processo alveolar, que consequentemente interfere diretamente no tratamento reabilitador de forma negativa. Por conta desse impacto, foram desenvolvidas técnicas para corrigir a desadaptação da prótese, causada devido à baixa altura do rebordo alveolar. Uma dessas técnicas, a vestibuloplastia, foi utilizada neste ato para se obter a melhor estabilidade protética. Objetivos: Este trabalho objetifica o relato de um caso clínico de aprofundamento de vestíbulo maxilar, ocorrido na disciplina de Cirurgia Bucomaxilofacial II, visando o melhor resultado possível para a reabilitação oral do paciente.  Metodologia: O atendimento ao paciente Sr. APL teve início no momento de recepção e acolhimento na Clínica de Odontologia da UNISC. Após realizar detalhada anamnese e estudo do caso através de radiografia panorâmica e exame clínico, chegou-se à conclusão de que seria possível realizar a cirurgia de aprofundamento de vestíbulo na região maxilar anterior. Fora solicitado para que o paciente realizasse bochecho com Clorexidine 0,12% por 15 segundos. Após, o operador e auxiliar iniciaram a preparação tanto pessoal como dos materiais de trabalho, segundo a sequência clínica preconizada pela instituição. Após colocação do campo fenestrado sobre o paciente, foi aplicado anestésico tópico benzocaína por meio de algodão nas regiões a serem anestesiadas (região pós-tuberosidade maxilar direita e esquerda, além de complemento infiltrativo na região de freio labial superior). Para a técnica anestésica alveolar posterior superior, foram usados dois tubetes de lidocaína 2% 1:100.000 com epinefrina, um para o lado direito e outro para o lado esquerdo. O complemento anestésico em região de freio labial fora feito com metade do terceiro tubete. Então, realizou-se, primeiramente, uma incisão paralela ao rebordo vestibular superior em região de fundo de sulco, evitando atingir o periósteo. Para a incisão, fora lançado mão de cabo de bisturi número três e lâmina 15. Fora realizada divulsão dos tecidos e inserções musculares com espátula de cera número 7 e descolador de Molt. Confirmado o afastamento do tecido desejado com o instrumento, foram efetuadas seis suturas simples com fio de nylon 3-0, com uso de pinça porta agulha e dente de rato, auxiliando no realojamento dos tecidos no local almejado. A prótese do paciente fora usada como auxiliar pós-cirúrgico com a finalidade de manter os tecidos no local durante a cicatrização, para isso se reembasou a mesma com cimento cirúrgico Perio Bond. Resultados: Na reconsulta, se removeu as suturas, no entanto, a prótese necessitou ser reembasada mais uma vez com cimento cirúrgico. Observou-se, então, que a técnica cirúrgica fora feita de forma correta, pois a altura do rebordo já se apresentava visualmente maior. Conclusão: Dessa forma, concluímos que a técnica de cirurgia pré-protética de aprofundamento de vestíbulo anterior é uma técnica eficiente e de fácil realização, servindo para reestabelecer a função e estética de pacientes desdentados parciais ou totais.


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ISSN 2764-2135