CARACTERÍSTICAS DE AMPUTAÇÃO POR FAIXA ETÁRIA DE INDIVÍDUOS ATENDIDOS EM UM SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA
Resumo
Introdução: O Serviço de Reabilitação Física (SRFis), vinculado à Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), oferece serviços de saúde aos municípios da região dos Vales (Rio Pardo, Jacuí e, até outubro de 2019, Taquari). Enquadram-se nesses serviços a dispensação de dispositivos auxiliares de locomoção e atendimentos de reabilitação físico-funcional de forma multidisciplinar, através do Sistema Único de Saúde. Objetivo: Comparar e associar características de amputação, por faixa etária, de pacientes atendidos em um Serviço de Reabilitação Física. Metodologia: Estudo longitudinal, observacional e qualitativo realizado no SRFis. Os dados foram coletados em triagens realizadas pelos funcionários e bolsistas do serviço, sendo avaliados indivíduos amputados para posterior protetização ou para aquisição de prótese nova. Participaram do estudo 434 indivíduos atendidos no SRFis, no ano de 2013 a 2019, sendo divididos por faixa etária de: 0 a 29 anos, de 30 a 59 anos e mais de 60 anos. As variáveis foram separadas em: tempo de protetização em <1 ano, 1 a 5 anos, 6 a 10 anos, >10 anos e não preencheu; membro amputado em superior e inferior; nível da amputação em transtibial, transfemoral, mista, membro superior (sem especificação), outros; etiologia em traumática, vascular e outras. As análises estatísticas foram expressas em descrição e frequência. Para a associação entre faixa etária e as variáveis de amputação, utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson, com p<0,05. Principais resultados: A caracterização de amputação quanto ao tempo de protetização de 1 a 5 anos (de 0 a 29 anos: 84%; de 30 a 59 anos: 92,5%; mais de 60 anos: 97,1%) e membro amputado foi inferior nas três faixas etárias. De 0 a 29 anos, a maioria apresentou nível de amputação transfemoral (41,5%), enquanto de 30 a 59 anos foi transtibial (41,5%), e mais de 60 anos tive os níveis, igualmente, de 41,4%. Na etiologia, tanto a faixa etária de 0 a 29 anos e de 30 a 59 foram traumáticas, enquanto mais de 60 anos foi cardiovascular. Quando associada às variáveis de amputação, a faixa etária só não influencia no nível de amputação. Considerações Finais: O tempo de protetização de 1 a 5 anos é pequeno, podendo, assim, os serviços desenvolverem ações, conforme faixa etária, de funcionalidade e adaptação dos indivíduos. Quanto aos usuários com níveis transtibiais e tranfemorais de membro inferior, cabe trabalhar principalmente, as dificuldades nas atividades de vida diária. É viável, também, estimular a autoconsciência quanto a ações que levam a amputações traumáticas nos usuários de 0 a 59 anos e, para amputados acima de 60 anos, enfatizar hábitos e estilos de vida.
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ISSN 2764-2135