CARACTERÍSTICAS DE AMPUTAÇÃO POR FAIXA ETÁRIA DE INDIVÍDUOS ATENDIDOS EM UM SERVIÇO DE REABILITAÇÃO FÍSICA

Andréia Haag, Angela Cristina Ferreira da Silva, Náthalie da Costa, Tiago da Rosa Rambo, Rafael Kniphoff da Silva, Lisiane Lisboa Carvalho

Resumo


Introdução: O Serviço de Reabilitação Física (SRFis), vinculado à Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), oferece serviços de saúde aos  municípios da região dos Vales (Rio Pardo, Jacuí e, até outubro de 2019, Taquari). Enquadram-se nesses serviços a dispensação de dispositivos auxiliares de locomoção e atendimentos de reabilitação físico-funcional de forma multidisciplinar, através do Sistema Único de Saúde. Objetivo: Comparar e associar características de amputação, por faixa etária, de pacientes atendidos em um Serviço de Reabilitação Física. Metodologia: Estudo longitudinal, observacional e qualitativo realizado no SRFis. Os dados foram coletados em triagens realizadas pelos funcionários e bolsistas do serviço, sendo avaliados indivíduos amputados para posterior protetização ou para aquisição de prótese nova. Participaram do estudo 434 indivíduos atendidos no SRFis, no ano de 2013 a 2019, sendo divididos por faixa etária de: 0 a 29 anos, de 30 a 59 anos e mais de 60 anos. As variáveis foram separadas em: tempo de protetização em <1 ano, 1 a 5 anos, 6 a 10 anos, >10 anos e não preencheu; membro amputado em superior e inferior; nível da amputação em transtibial, transfemoral, mista, membro superior (sem especificação), outros; etiologia em traumática, vascular e outras. As análises estatísticas foram expressas em descrição e frequência. Para a associação entre faixa etária e as variáveis de amputação, utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson, com p<0,05. Principais resultados: A caracterização de amputação quanto ao tempo de protetização de 1 a 5 anos (de 0 a 29 anos: 84%; de 30 a 59 anos: 92,5%; mais de 60 anos: 97,1%) e membro amputado foi inferior nas três faixas etárias. De 0 a 29 anos, a maioria apresentou nível de amputação transfemoral (41,5%), enquanto de 30 a 59 anos foi transtibial (41,5%), e mais de 60 anos tive os níveis, igualmente, de 41,4%. Na etiologia, tanto a faixa etária de 0 a 29 anos e de 30 a 59 foram traumáticas, enquanto mais de 60 anos foi cardiovascular. Quando associada às variáveis de amputação, a faixa etária só não influencia no nível de amputação.  Considerações Finais: O tempo de protetização de 1 a 5 anos é pequeno, podendo, assim, os serviços desenvolverem ações, conforme faixa etária, de funcionalidade e adaptação dos indivíduos. Quanto aos usuários com níveis transtibiais e tranfemorais de membro inferior, cabe trabalhar principalmente, as dificuldades nas atividades de vida diária. É viável, também, estimular a autoconsciência quanto a ações que levam a amputações traumáticas nos usuários de 0 a 59 anos e, para amputados acima de 60 anos, enfatizar hábitos e estilos de vida.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


ISSN 2764-2135