AUMENTO DE COROA CLÍNICA PREVIAMENTE AO TRATAMENTO RESTAURADOR? ESTUDO DE CASOS

Michele Altermann Platen, Jamile da Rosa, Karoline Kniphoff dos Santos, Heloisa Souza Pinto, Cristian Raul Froemming, Pedro Henrique Ferreira de Menezes, Wesley Krabbe, Ricardo Sartori

Resumo


Introdução: Os procedimentos cirúrgicos para ACC (Aumento de Coroa Clínica) compreendem a excisão de tecidos moles através de gengivectomias e gengivoplastias, quando não há invasão do espaço biológico, e de remoção de tecido ósseo através de osteotomias e osteoplastias, quando existe invasão do espaço biológico, sendo esse de grande importância quando se almeja o sucesso em um futuro tratamento restaurador. Objetivo: relatar diferentes casos que tiveram indicação de realização de um aumento de coroa clínica previamente ao tratamento restaurador, possibilitando a realização desse tratamento posteriormente de uma forma adequada, descrevendo as técnicas e materiais utilizados em cada caso. Metodologia Caso 1: Sexo masculino, 30 anos de idade, apresentava extensa perda de estrutura dentária do elemento 46, havendo a necessidade de um tratamento restaurador. Previamente foi constatado a necessidade de realização de um ACC, facilitando a realização da restauração e promovendo a saúde gengival. Foi feita a incisão e remoção de um retalho gengival na região lingual do elemento, evitando a dilaceração das papilas interdentais. A sutura foi realizada e, por conseguinte, inserido cimento cirúrgico sobre o corte. Caso 2: Sexo feminino, 52 anos de idade, em consultas de rotina foi constatada a presença de uma cárie aquém a uma restauração, onde foi feita a remoção do tecido cariado, selando esse dente temporariamente. Foi realizado um ACC na região interdental (distal do primeiro pré-molar inferior esquerdo) envolvendo a remoção das papilas interdentais na região vestibular e lingual, com posterior desgaste ósseo, utilizando uma lima de desgaste, reduzindo o volume ósseo da região e nivelando-o para futuro fechamento da região com o tecido mole, através de uma sutura na região interdental, utilizando cimento cirúrgico vedando essa região. Caso 3: Sexo feminino, 45 anos de idade, procurou o curso para realizar troca de restauração no dente 47, que estava com infiltração marginal. Foi constatado que a restauração havia agredido o espaço biológico e para a troca da restauração seria necessário realizar ACC. Previamente, removeu-se a restauração que estava insatisfatória, realizando, em seguida, a técnica associada a uma cunha distal, e removeu-se a gengiva em forma de cunha com a base na distal do dente 47. Realizou-se desgaste ósseo com broca 1012 e, após, foi utilizado uma lima de desgaste ósseo na região operada, irrigado frequentemente com soro fisiológico e realizado a sutura. O dente foi restaurado provisoriamente com coltosol. Uma semana após, foi removido a sutura e a região operada se encontrava cicatrizada. Principais resultados: Em ambos os casos foram constatados a necessidade de realização de ACC previamente ao tratamento restaurador, dos quais desses, dois casos se fizeram necessário realização de um desgaste ósseo na região, restabelecendo o espaço biológico para posterior restauração e saúde gengival. A cicatrização foi positiva sem complicações pós-operatórias presentes. Conclusões: Importante salientar que existem cuidados a serem seguidos no pré-operatório, trans e pós-operatório, resultando no sucesso clínico. O profissional deve aguardar um período de cicatrização tecidual antes da realização do procedimento restaurador, para completo restabelecimento da saúde gengival.

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


ISSN 2764-2135