ADESÃO ÀS MEDIDAS DE MITIGAÇÃO DA COVID-19 NO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL

Janine Koepp, Ana Paula Helfer, Jaqueline Toillier, Maria Paula Pacheco Moysés, Mari Ângela Gaedke, Gabriela da Rosa Vargas, Jane Dagmar Pollo Renner, Marcelo Carneiro

Resumo


Introdução: A humanidade tem enfrentado desde dezembro de 2019 a pandemia de COVID-19, pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). A disseminação ocorreu de forma tão rápida que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o mundo estava enfrentando uma pandemia no dia 11 de março de 2020. Com o novo vírus surgiram novos desafios e entre eles o distanciamento social e o uso de máscaras. O distanciamento social é a diminuição de interação entre as pessoas, reduzindo a velocidade de transmissão do vírus. Ele e o uso de máscaras em locais públicos entra como medida de saúde pública para evitar o colapso dos sistemas de saúde e reduzir o número de mortes. O objetivo deste estudo foi avaliar a adesão ao uso de máscara e às medidas de distanciamento social no município de Santa Cruz do Sul. Metodologia: Trata-se de um recorte de um estudo transversal de base populacional que mensurou a soroprevalência de SARS-CoV-2 na região de abrangência do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo ? CISVALE, que compreende 14 municípios do Vale do Rio Pardo, região central do estado do Rio Grande do Sul. Até o momento houveram 3 etapas de coleta de dados com intervalos quinzenais, sempre com amostras independentes. O processo de amostragem foi realizado por múltiplos estágios, incluindo amostragem sistemática dos setores censitários, seguido de sorteio aleatório simples dos domicílios em cada setor, conforme tamanho de amostra estipulado. Em cada domicílio, uma pessoa foi aleatoriamente sorteada e convidada a participar do estudo, realizando exame de teste de diagnóstico rápido para a detecção qualitativa de anticorpos IgG e IgM contra SARS-CoV-2. Para a coleta de dados foi utilizado um formulário on-line no software Epi InfoTM. A pesquisa atendeu a todos os preceitos éticos. Os dados coletados foram armazenados em banco de dados e analisados por meio de estatística descritiva pelo programa Stata® versão 11. Resultados: Amostra composta de 386 indivíduos em cada rodada, totalizado 1158 indivíduos entrevistados. A média da idade foi de 49,5 (±19) anos, 62,7% eram do sexo feminino e 80,4% residiam na zona urbana. Observou-se, em relação ao distanciamento social, que a maioria dos entrevistados seguem as regras impostas pelas autoridades sanitárias. Dos 1158 entrevistados, 4.41% (51) falaram que seguem muito pouco o afastamento, 4.76% (55) relataram seguir pouco o distanciamento social, 24.83% (287) seguem mais ou menos, 55.71% (644) seguem bastante e 10.29% (119) relatam ficar praticamente isolados do mundo. Em relação ao uso de máscara ao sair de casa, 0.88% (10) responderam que não fazem uso de máscara ao sair de casa, 95.66% (1081) relataram que usam máscara sempre ao sair e, 3.45% (39) dos entrevistados, responderam que usam máscara às vezes ao sair de casa. Conclusão: É notório que a implementação do distanciamento e o uso de máscaras é um grande desafio na realidade do nosso país. Apesar disso, verificou-se que mais de 50% da população entrevistada segue as medidas de mitigação da pandemia de COVID-19. Essa estratégia implementada é de extrema importância para a não-lotação dos serviços de saúde e redução do número de mortes, de forma que uma adesão efetiva garante a proteção das comunidades da região.


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ISSN 2764-2135