REAÇÕES ALÉRGICAS AO USO DE LIDOCAÍNA COMO ANESTÉSICO LOCAL UTILIZADO EM ATENDIMENTOS ODONTOLÓGICOS ? RELATO DE CASO

Michele Altermann Platen, Sthefanny Severo Baierle, Franciele Jordana Nunes, Heloisa Souza Pinto, Amanda Olga Muller, Jamile da Rosa, Wesley Krabbe, Karoline Kniphoff dos Santos, José Luiz Piazza

Resumo


Introdução: A reação alérgica pode ser definida como estado de hipersensibilidade do organismo, adquirido pela exposição a um determinado tipo de alérgeno, cujo contato posterior pode produzir uma reação exacerbada. A exposição causa a libertação de histamina, e alguns sintomas incluindo a urticária, edema, rash cutâneo, dispneia, broncoespasmo, diarreia, renite, sinusite, laringosespasmo e anafilaxia, esse último podendo levar ao risco de vida. As reações alérgicas mais comuns na odontologia se relacionam com os anestésicos locais, principalmente com a lidocaína, analgésicos, antiinflamatórios e antimicrobianos, com isso, é de extrema importância fazer o questionário sobre a história médica do paciente, para se certificar caso alguma reação medicamentosa possa ocorrer. Objetivo: Relatar um caso de reação alérgica tardia ao uso de lidocaína associado a epinefrina como anestésico local, em uma consulta na disciplina de Cirurgia II, na Clínica de Odontologia da UNISC. Metodologia: Paciente do sexo feminino, com 23 anos de idade compareceu a uma consulta odontológica na Clínica de Odontologia da UNISC com indicação de realização de uma cirurgia de extração dentária do elemento 48 (terceiro molar inferior direito). Durante a consulta foi realizada uma anamnese prévia ao atendimento, juntamente com informações do histórico médico e odontológico da paciente. Sem informações que pudessem interferir na escolha de materiais e técnicas utilizadas, foi dada a sequência do atendimento e realização da cirurgia. Para anestesia local da região fora escolhida a técnica Pterigomandibular, bloquendo temporariamente o Nervo Alveolar Inferior Direito e Nervo Lingual por proximidade, reforçando a área Vestibular desses dentes, fazendo anestesia de bloqueio do N. Bucal. Fora utilizado cerca  de 2 e ½ tubetes de anestésico, devido a necessidade de reforço dessa técnica, onde o paciente relatou ainda sentir sensibilidade na área durante a cirurgia. O anestésico de escolha para procedimentos na Clínica é a lidocaína + epinefrina 1:100.000, sendo esse escolhido para utilização no procedimento. Após algumas horas, a paciente apresentou-se nitidamente com aspectos clínicos de alergia, onde encontrava-se com edema facial e um leve rash cutâneo. Com a evolução dessa reação primária, paciente encaminhou-se para o atendimento de emergência no Hospital Santa Cruz, onde nosso professor orientador atua como Cirurgião Bucomaxilofacial e pode acompanhar o estado da paciente. Principais Resultados: Paciente evoluiu com os sintomas para urticária, edema exacerbado, rash cutâneo e laringosespasmo. Indícios de Anafilaxia se iniciaram e, com os atendimentos médicos de urgência foi controlado os sinais e sintomas, através de drogas para reverter o quadro de anafilaxia: corticóide, prometazina e adrenalina. A administração desse anestésico se tornou suspensa; foi anotada em prontuário clínico da paciente os motivos da suspensão, juntamente com seu histórico odontológico. Conclusões: É de extrema importância que o profissional esteja sempre em alerta aos indícios que o paciente possa apresentar durante as consultas odontológicas e, que qualquer sinal e/ou sintoma que possa ser detectado, o paciente seja encaminhado ao hospital mais próximo para avaliação.

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ISSN 2764-2135