TRANSPLANTE DENTÁRIO AUTÓGENO
Resumo
Introdução: A perda dentária acomete diversas pessoas ao redor do mundo, tendo inúmeras etiologias. Essa falta de elementos dentários traz dificuldades que abalam diretamente a qualidade de vida, afetando funções como a fala, suporte facial, mastigação e também prejudicando a relação do indivíduo com os demais membros da sociedade em que vive. Levando em conta que a renda domiciliar per capta do brasileiro em 2019 foi de em média R$1439,00 segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e que a maioria da população brasileira não apresenta condições para tratamentos mais rebuscados, como implantes, uma opção para o tratamento da perda dentária é o transplante dental. A melhor escolha dentre os tipos de transplantes é o autógeno, pois esse apresenta vantagens como: evitar alterações no desenvolvimento da maxila e da mandíbula, ser um tratamento mais conservador, necessitar menor tempo de trabalho, apresentar alta taxa de sucesso quando bem indicado e custo relativamente baixo. Objetivo: O objetivo central desta revisão de literatura é se aprofundar no tema e descrever os procedimentos e os resultados do transplante dental autógeno. Metodologia: O presente trabalho foca na revisão de literatura em artigos publicados em sites confiáveis como: Biblioteca Nacional de Medicina (PubMed) e Portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Resultados: O Transplante Autógeno é uma opção de tratamento onde um dente erupcionado, semi-erupcionado ou não erupcionado, é cirurgicamente removido de um sítio da boca para outro, no mesmo indivíduo. Durante a rizogênese de um dente, teremos um degradê biológico de formação, onde na região cervical teremos uma raíz completamente formada; no terço médio, uma fase intermediária da rizogênese; e, na parte mais apical, um período embrionário inicial ainda com o folículo dentário em atividade. Por isso, quando o dente a ser transplantado estiver completamente formado, a atenção para a preservação do ligamento periodontal deve ser grande. Já quando o transplante será feito com um dente em rizogênese, além do cuidado com o ligamento periodontal, deve-se preservar o folículo dentário presente nas porções médias e apical, em plena formação. Ou seja, quando o procedimento for realizado, o cirurgião-dentista deverá levar esses tecidos aderidos à raiz do dente a ser transplantado. Uma vez preservado, os Restos Epiteliais de Malassez, presentes no ligamento periodontal, promoverão a liberação de fator de crescimento epitelial e prostaglandinas, induzindo a reabsorção da superfície óssea alveolar periodontal, estabelecendo um novo espaço de ligamento periodontal e evitando que a anquilose ocorra. O autotransplante dentário pode ser realizado por meio de duas técnicas existentes: convencional/imediata e mediata/tardia. A técnica convencional é realizada em uma única etapa em que o sítio receptor é preparado na mesma sessão em que o dente autotransplantado é extraído e reposicionado. Na técnica mediata, o alvéolo cirúrgico é preparado na primeira etapa e, após um período de aproximadamente 14 dias de cicatrização, que favorecem o prognóstico por possibilitar maior nutrição ao dente transplantado, realiza-se a exodontia e o transplante. Conclusão: Conclui-se com este trabalho que a técnica de autotransplante dentário autógeno é segura e apresenta resultados satisfatórios, quando a técnica e as recomendações são seguidas de forma correta.
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ISSN 2764-2135