Mostra de Extensão, Ciência e Tecnologia da Unisc

A fotólise e fotocatálise são processos oxidativos avançados (POAs) que vem sendo amplamente pesquisados, consistem em utilizar energia luminosa para geração de radicais livres, sendo utilizados para degradação de poluentes em meio aquoso ou gasoso. Na fotocatálise, semicondutores são utilizados como catalisadores, sendo responsáveis por reduzir a energia de ativação através da excitação de elétrons da banda de valência para a banda de condução do catalisador, possibilitando, então, a utilização de menos energia no processo. Usualmente, a excitação dos elétrons ocorre através da irradiação de luz UV (100 nm ? 400 nm), e, para alguns materiais, luz visível (400 nm ? 750 nm), essa possibilidade de utilização de diferentes parcelas do espectro eletromagnético torna o processo de fotocatálise promissor pelo seu potencial de aplicação com a luz solar, visando à utilização dessa energia amplamente disponível na natureza. Com o foco na utilização da radiação UV, dentre os catalisadores existentes, destaca-se o dióxido de titânio, com seu baixo custo, alta estabilidade química e baixa toxicidade, esse material tem grande aplicabilidade em processos de purificação da água e do ar, não apresentando riscos ao ser humano. Este trabalho tem como objetivo realizar a avaliação de diferentes catalisadores para degradação de poluentes em meio gasoso, tendo como foco a degradação de isopropanol através da fotólise e da fotocatálise, utilizando nesta o dióxido de titânio. Os ensaios de degradação foram realizados, respectivamente, com o dióxido de titânio suportado em sílica e sem a presença de catalisador, ambos em um reator circular com tubo de quartzo sob irradiação de 4 lâmpadas de luz negra. O catalisador foi suportado em corpos cilíndricos de sílica de alta porosidade através do método DIP-coating, com posterior tratamento térmico a 400 ºC por 1 hora para estabilização de fases. O ensaio foi realizado com a degradação de isopropanol através da adição de 1 ml do líquido na corrente de ar interna do reator, obtendo resultados satisfatórios para a fotocatálise. Posteriormente, serão feitos os ensaios com o óxido de zinco e o niobato de prata sob as mesmas condições de irradiação, visando determinar o mais eficiente para o meio gasoso. Testes posteriores de Difração de Raios X e Microscopia Eletrônica de Varredura também serão realizados para caracterização morfológica e estrutural de cada um dos catalisadores, com o objetivo de relacionar a atividade fotocatalítica com a estrutura do material.