INDEPENDÊNCIA E FUNCIONALIDADE: FREQUÊNCIA DE USO DA PRÓTESE E DISTÂNCIA PERCORRIDA POR AMPUTADOS DE MEMBRO INFERIOR

Tiago da Rosa Rambo, Andréia Haag, Náthalie da Costa, Lisiane Lisboa Carvalho, Ângela Cristina Ferreira da Silva

Resumo


Introdução: A prótese física externa é extremamente importante no cotidiano dos indivíduos amputados. Esta proporciona funcionalidade e independência ao deficiente físico, oportunizando uma melhor qualidade de vida. As atividades de vida diária (AVDs) e a locomoção dentro e fora do ambiente domiciliar, tornam-se mais fáceis e acessíveis utilizando-a, porém ainda é muito comum o uso de outros meios auxiliares de locomoção para garantir segurança e bem-estar. Objetivo: Analisar a frequência da utilização de prótese para realização de AVDs dentro e fora do domicílio e a distância percorrida em passos pelo amputado. Metodologia: As informações contidas no estudo foram extraídas dos prontuários e de um questionário intitulado Functional Measure for Questionare, aplicado em 64 amputados de membro inferior atendidos no Serviço de Reabilitação Física de Nível Intermediário que exerce as atividades no campus sede da Universidade de Santa Cruz do Sul. As coletas ocorreram entre dezembro de 2017 e junho de 2018 sendo realizadas por estudantes do Curso de Fisioterapia. As variáveis selecionadas foram: realização das AVDs com a prótese dentro e fora do domicílio; percepção quanto ao tempo de uso de prótese; distância percorrida em passos utilizando a prótese. Os dados foram analisados descritivamente em frequência. Desconsiderou-se aqueles que ainda não usavam a prótese, resultando em 37 participantes. Principais resultados: As AVDs no ambiente domiciliar são realizadas com a prótese por 54,1% dos avaliados, entretanto 24,3% preferem utilizar cadeira de rodas e 18,9% outros meios auxiliares de locomoção. Quando considerado AVDs fora do domicílio, o uso da prótese corresponde a 40,5% dos usuários, 27,1% opta pelo uso de cadeira de rodas e 29,7% outros meios auxiliares de locomoção. Além disso, quando questionados sobre a percepção de tempo de uso da prótese, relatam utilizá-la grande parte do tempo tanto no ambiente domiciliar, 75,7%, como externamente a ele, 78,3%. Por fim, 67,5% mencionam locomoverem-se =100 passos cotidianamente com a prótese. Conclusão: Os participantes deste estudo utilizam a prótese para realizar AVDs no ambiente domiciliar e externamente a ele, entretanto, ainda se verifica considerável emprego de outros meios auxiliares de locomoção. Tais informações sugerem maior atenção ao amputado protetizado, assim como a necessidade da elaboração e implementação de estratégias para otimizar a adaptação à prótese visando a segurança, autonomia e facilidade na execução de AVDs bem como locomoção independentemente do ambiente.


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ISSN 2764-2135