AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR E ESTADO NUTRICIONAL DE UMA CRIANÇA COM OBESIDADE GRAVE APÓS NOVE MESES DE ACOMPANHAMENTO NO AMBULATÓRIO VIDA LEVE: RELATO DE CASO
Resumo
O Ambulatório Vida Leve é um serviço que faz parte do Projeto de Extensão de Promoção de Hábitos Alimentares Saudáveis: da infância ao envelhecimento humano, conta com a participação de estudantes e professores dos cursos de Nutrição e Medicina da UNISC, no Serviço Integrado de Saúde (SIS). Nestes atendimentos, a proposta é auxiliar no tratamento e promoção da saúde de crianças e adolescentes em sobrepeso e obesidade e suas famílias. Visto que a obesidade na infância e adolescência tem se mostrado mais frequente, ainda mais em tempos de pandemia, contar com serviços especializados e multiprofissionais que atuam com este público tem muita relevância, pois fazem prevenção para danos à saúde futuros e tendem a proporcionar mais qualidade de vida as pessoas. Para tanto, o objetivo desde trabalho foi avaliar as mudanças de consumo alimentar e do escore-z do índice de massa corporal para idade (IMC/I) e na relação cintura/estatura (RCA/E) de um menino de 10 anos, atendido no Ambulatório Vida Leve, após nove meses de acompanhamento. Trata-se de um relato de caso, comparando os dados de consumo alimentar e estado nutricional de um menino de 10 anos de idade, referente as consultas de julho/2020 (primeiro atendimento) e abril/2021 (quarto atendimento). Os dados utilizados foram obtidos da ficha de anamnese realizada a cada consulta no ambulatório, referente a frequência de consumo de vegetais, frutas, frituras, doces, bebidas adoçadas, lanches e alimentos prontos, bem como foi classificado o IMC/I pelo escore-z (OMS, 2006/2007) e RCA/E, que é considerada adequada quando =0,5, valores maiores representam risco de adiposidade central. Os resultados obtidos, após nove meses de acompanhamento, foram de um menor consumo de frituras, passando de uma a duas vezes por semana para esporádico, e quanto ao consumo de doces, houve redução da frequência diária para esporádica, já a ingestão de frutas, vegetais, alimentos prontos e sucos artificiais e refrigerantes se manteve o mesmo entre as consultas. Houveram mudanças no IMC/I, o qual na primeira consulta foi de 31,80kg/m2, com escore z de +4,49, já na última consulta foi de 30,6kgm2 e escore-z de +3,74, classificado em ambos momentos com obesidade grave. A RCA/E mostrou risco de adiposidade central nos dois momentos, apesar de ter reduzido 0,62 para 0,60. Concluímos que mediante a orientação e acompanhamento o paciente apresentou melhoras no decorrer das consultas, diminuindo a ingestão de frituras, doces e também no escore do IMC/I, entretanto não deixou de apresentar um quadro de obesidade grave. Desse modo, é favorável que a criança continue com o acompanhamento, para que dessa tenha mais resultados positivos.
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ISSN 2764-2135