UM ANO DE REABILITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA DURANTE PANDEMIA DO COVID-19: O QUE MUDOU?

Mariana Gassen da Silva, Evelin Wagner, Eduardo Jungblut Kniphoff, Elisabete Antunes San Martin, Carlos Eduardo C. Nunes, Andréa Lúcia Gonçalves da Silva

Resumo


Introdução: A pandemia da COVID-19 ganhou proporção mundial e até o momento uma ampla gama de medidas protetivas tem sido a principal arma contra o vírus. Antes da pandemia o Laboratório de Reabilitação Cardiorrespiratória (LARECARE) realizava atendimentos a pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e pós cirurgia cardíaca, em torno de 400 atendimentos mensais, perfazendo 800 procedimentos fisioterapêuticos. Devido as medidas restritivas da pandemia, o LARECARE precisou fechar conforme o Decreto Estadual nº 55.789 (13/03/2021), e após 2 meses de reorganização a equipe retorna para atender a nova demanda de pacientes sobreviventes da COVID-19, seguindo os protocolos estabelecidos pela vigilância sanitária. Neste momento, o LARECARE passou a realizar 100 atendimentos mensais individualizados para a segurança coletiva. Vale ressaltar que nenhum paciente ou integrante da equipe assistencial contraiu o vírus no ambiente, comprovando a eficiência dos protocolos de higiene e segurança tomados. Objetivo: Relatar a experiência da assistência fisioterapêutica no LARECARE após 1 ano de pandemia por COVID-19. Métodos: Relato de experiência do período de fevereiro a julho/2021 desenvolvido por 3 bolsistas voluntários, 1 bolsista PROBEX e 1 professora, todos do Curso de Fisioterapia/UNISC e 1 fisioterapeuta assistencial. O LARECARE contempla desde 2004 o serviço de Reabilitação Cardiorrespiratória do Hospital Santa Cruz na assistência aos pacientes do Sistema Único de Saúde, engloba projetos de pesquisa e extensão “Promoção do Envelhecimento Saudável e Reabilitação Cardiorrespiratória”. Todos os pacientes passam por uma avaliação multidimensional para análise da situação clínica, cardiorrespiratória, capacidade física e funcional. Resultados: Após 1 ano de pandemia ocorreram as seguintes mudanças: 1- retorno de atendimentos em dupla respeitando o distanciamento social e obedecendo os protocolos de segurança e medidas protetivas contra a COVID-19, perfazendo em média 230 atendimentos mensais; 2- retorno da assistência aos pacientes com DPOC ou pós cirurgia cardíaca independente de ter contraído COVID-19; 3-  retorno de bolsistas voluntários; 4- retorno das avaliações de função pulmonar (Espirometria) e força muscular respiratória (Manovacuometria); 5- inclusão de novos instrumentos de avaliação (índice tornozelo braquial-ITB, câmera térmica, Testes de equilíbrio, questionários de fadiga, de estresse pós evento, de ansiedade e depressão); 6- padronização da máscara cirúrgica para a realização dos testes físicos; 7- inclusão do treinamento muscular respiratório em pacientes específicos; 8- mudança no protocolo assistencial com ganho de força inicialmente e após 4 semanas a atividade aeróbica.  Conclusões: Após 1 ano de pandemia por COVID-19 nossa experiência assistencial junto aos pacientes que contraíram a doença muito nos ensinou e nos mostrou a necessidade de um profissional fisioterapeuta com visão global do paciente, atendimento personalizado e monitorados aos sujeitos bem como alterações de protocolos de tratamento.


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ISSN 2764-2135