ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO: UM ESTUDO DE CASO
Resumo
Introdução: A incontinência urinária (IU) é caracterizada pela perda involuntária de urina. A incidência aumenta com a idade e menopausa, sendo mais frequente em mulheres. Essa patologia interfere diretamente na qualidade de vida desses pacientes. Existem três tipos de IU, a IU de esforço, a IU de urgência e a mista. A IU de esforço é o tipo mais frequente, acometendo 51% da população mundial. A fisioterapia tem um papel fundamental no tratamento desta patologia, atuando com cinesioterapia por meio de exercícios de Kegel e outros, eletroestimulação do assoalho pélvico (AP), alinhamentos posturais, exercícios com cones e com biofeedback. Objetivo: Relatar o atendimento fisioterapêutico em uma paciente com IU de esforço, atendido na disciplina de Fisioterapia em Uroginecologia e Obstetrícia do Curso de Fisioterapia. Métodos: Trata-se de um estudo de caso realizado na disciplina intensiva de Fisioterapia em Uroginecologia e Obstetrícia, em janeiro de 2021, do curso de Fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul. Foram realizados dois encontros, um para avaliação e outro para intervenção, com duração de 45 minutos a 1 hora. Resultados: Paciente J., 52 anos residente em Santa Cruz do Sul. Foi realizada uma avaliação fisioterapêutica, utilizando a ficha de avaliação para o AP, cuja queixa principal foi: “ao fazer esforço físico tenho perda de urina”. No primeiro atendimento foi realizado anamnese, questionado sobre rotinas de evacuação, problemas sexuais, circunstâncias de perda urinárias, problemas ginecológicos e intercorrências obstétricas. Após, fez-se o exame físico, observando o estado geral, abdome, presença de diástase do reto abdominal e passamos para o teste ginecológico, avaliando aspecto geral, cicatrizes, contração muscular, pontos de dor, força do AP, pontuando 4 na AFA. Foi utilizado o dispositivo TIU, para mensurar a força perineal, tendo um resultado de 24 sawers, sendo considerado uma força regular. Apresentou sensibilidade térmica preservada e tátil um pouco diminuída. Introduziu-se um cone vaginal vermelho (70g) e solicitou-se para a paciente ficar em ortostase, deambular e subir e descer escadas sem deixar cair. Avaliou-se a medida real e aparente de membros inferiores, flexibilidade muscular com o banco de Wells, mobilidade e simetria pélvica. No segundo atendimento a fisioterapia objetivou aumentar a mobilidade pélvica, melhorar a força do AP e aumentar a percepção dos músculos do AP. Foi realizado algumas posturas, solicitando a contração muscular do AP, associando a respiração diafragmática. Na bola suíça foi realizado movimentos de antero e retroversão, inclinações laterais e circundução pélvica. Com o uso do cone vaginal vermelho realizou-se a plataforma vibratória associado a agachamentos. No fim, se utilizou a eletroestimulação com o dispositivo Dualpex Uro (P06). Conclusão: Com esta atividade, foi possível mensurar a importância da fisioterapia na IU. Ficou claro que a melhora deste quadro impacta de maneira positiva na qualidade de vida destas pacientes, que se sentem mais preparadas para realizar suas atividades sociais, além da melhora funcional. Sendo assim, o papel da fisioterapia se configura de extrema importância nesta patologia.
Palavras chaves: incontinência urinária de esforço, qualidade de vida, assoalho pélvico.
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ISSN 2764-2135