ATENDIMENTOS FISIOTERAPÊUTICOS AMBULATORIAIS E DOMICILIARES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-19: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Eduarda Chaves Silveira, Éboni Marilia Reuter, Camila Dubow

Resumo


Introdução: Com o surgimento do novo coronavírus no ano de 2019, a população mundial necessitou se adaptar às mudanças que a pandemia trouxe consigo, como hábitos e rotinas diferentes. Na área da saúde, além de hospitais e unidades de pronto atendimento, a atenção primária em saúde (APS) também precisou se adaptar. O uso de equipamentos de proteção individual (EPI) necessitou ser intensificado. No contexto da APS, a fisioterapia tem um papel fundamental, sendo que as atividades executadas pelos fisioterapeutas e acadêmicos de fisioterapia também teve impactos, sendo reorganizadas as suas práticas. Objetivo: Relatar a experiência como estagiária no campo da saúde coletiva, realizando atendimentos ambulatoriais e domiciliares durante a pandemia de Covid-19. Metodologia: Inicialmente, o Estágio Supervisionado em Fisioterapia na Saúde Coletiva (Curso de Fisioterapia da Universidade de Santa Cruz do Sul, Unisc) começaram de forma remota, devido ao agravamento da pandemia, período compreendido no mês de março de 2021. Em abril, iniciaram as primeiras atividades presenciais no campo de estágio. Os atendimentos foram realizados em duas estratégias de saúde da família (ESF), incluindo atendimentos ambulatoriais na unidade e atendimentos domiciliares, e na clínica Fisio Unisc. As atividades na clínica Fisio Unisc contemplavam o ambulatório de feridas, sendo pensado em estratégias de educação em saúde e localização do sujeito na rede de atenção à saúde, bem como a assistência à ferida. No total foram atendidos seis pacientes, quatro do sexo masculino e quatro idosos. As patologias as quais os pacientes tinham diagnóstico clínico incluíam acidente vascular encefálico, doença arterial obstrutiva periférica, fratura de fêmur e lesão por pressão. A maioria dos pacientes já estava vacinado para Covid-19. Resultados: As ESF’s são fundamentais para um cuidado centralizado, estar em uma equipe que conhece seus pacientes, que se articula com os agentes comunitários de saúde de forma harmônica, conhece seu território e tem um trabalho em equipe estruturado foi uma experiência valiosa. Foi possível perceber que nos momentos em que a pandemia se agravou, o movimento nas unidades se intensificava, aumentando o fluxo de pessoas circulando em busca de assistência. Nas visitas domiciliares, os pacientes foram receptivos, a casa estava sempre com número reduzido de pessoas. Na clínica Fisio Unisc os pacientes sempre chegavam acompanhados, mas a sala de recepção não gerava aglomerações. Antes e após cada atendimento eram realizados os protocolos de biossegurança. Os EPI's eram trocados no final de cada atendimento. Além disso, antes e após os atendimentos era higienizado o material individual e a sala que foi usada para o atendimento. Como acadêmica, enfatizava informações sobre a importância do isolamento social, da vacinação e do uso da máscara. Um dos desafios foi convencer os pacientes da importância de permanecer de máscara a sessão inteira. Conclusão: Foi uma experiência valiosa poder contribuir para a saúde da população neste momento difícil em que estamos vivendo. Os principais desafios foram a troca de EPI a cada atendimento, algo que não era comum na prática, e sempre reiterar ao paciente o uso da máscara. Foi uma experiência muito rica em conhecimento, possibilitando atender pacientes com as mais diversas condições clínicas e circunstâncias e em diferentes locais.


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ISSN 2764-2135