ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM LINFANGIOMA CÍSTICO EM MEMBRO SUPERIOR: UM RELATO DE CASO

Luiza Pessi Rossetti, Ingre Paz, Anelise Miritz Borges

Resumo


INTRODUÇÃO: Linfangiomas são tumores benignos raros caracterizados por malformação no sistema linfático, gerando ectasia e inflamação nos vasos linfáticos. Pode acometer pessoas de qualquer idade, mas a maioria dos casos de linfangiomas císticos são diagnosticados na primeira infância. OBJETIVO: Discorrer sobre os linfangiomas, relacionando os achados da literatura a um caso de uma criança acometida por linfangioma e estabelecer diagnósticos e intervenções de enfermagem para esta situação. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de caso observado na ala pediátrica de um hospital-escola, no segundo semestre letivo de 2020, durante a disciplina Prática Clínica de Enfermagem na Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente II. A coleta de dados ocorreu mediante uma visita de assistência ao cliente hospitalizado e a busca bibliográfica ocorreu nas bases de dados Scielo e Portal de Periódicos da CAPES, além de livros. RESULTADOS: Paciente A., 4 anos e 11 meses, internada há cinco dias por linfangioma cístico em antebraço direito há dois meses, medindo aproximadamente 10 centímetros, sem drenagem de secreção nem dor à palpação, demais sinais flogísticos vêm diminuindo com o tratamento. A conduta médica foi manter antibioticoterapia e observar lesão, sem indicação de drenagem ou intervenção cirúrgica. Medicações prescritas: oxacilina e clindamicina. Exames alterados: bastonetes e proteína C-reativa (PCR). DISCUSSÃO: Os linfangiomas têm a linfangite como complicação mais recorrente, a qual acontece devido a obstrução dos vasos linfáticos e exacerbação da linfa, ocorrendo aumento da lesão, algia, febre e sinais flogísticos locais. Para evitá-la, os linfangiomas necessitam de intervenções, embora existam relatos de regressão espontânea. Os linfangiomas císticos ocorrem até os 5 anos de idade ou em adultos jovens, podendo acometer a região cervical e face, sendo este o local mais comum, região axilar, mediastino, retroperitônio, pelve, parede torácica ou, conforme raríssimos casos, pode ocorrer em qualquer local, ou seja, o caso é concordante com a literatura. O tratamento depende da apresentação clínica da lesão, tamanho, localização e possíveis riscos, podendo ele ser cirúrgico, drenagem da lesão guiada por imagem ou uso de fármacos, como no relato. Os Diagnósticos de Enfermagem elencados foram: envolvimento em atividades de recreação diminuído, relacionado à mobilidade prejudicada, evidenciado a lesão em antebraço; risco de integridade da pele prejudicada, relacionada a circulação falha; risco de queda, relacionado a mobilidade prejudicada e a supervisão inadequada. As Intervenções de Enfermagem relacionadas a cada diagnóstico foram: auxiliar o paciente a escolher atividades recreacionais consistentes com sua capacidade física; supervisionar as atividades recreacionais, conforme apropriado; documentar sempre a localização, aspecto, apresentação e tamanho da lesão; orientar o cuidador sobre os cuidados a ter com a lesão; manter as grades laterais do leito elevadas sempre que o cuidador não estiver presente; remover objetos que fornecem à criança o apoio para escalar até as superfícies elevadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Necessita-se de mais estudos para haver o aprofundamento de conhecimento diante do tema exposto. A aplicação do processo de enfermagem possibilita uma visão ampliada das necessidades do paciente e fornece ao cliente uma assistência melhor qualificada.


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ISSN 2764-2135