O DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVO COMO SUBSÍDIO PARA INFORMAÇÃO EM SAÚDE

Luiza Pessi Rossetti, Janine Koepp, Lia Gonçalves Possuelo, Andreia Rosane de Moura Valim

Resumo


Introdução: A utilização de smartphones em larga escala tem modificado a forma de realizar a assistência em saúde, induzindo uma crescente necessidade de aprimoramento. Esta realidade pode ser vivenciada nas práticas hospitalares, nos consultórios, em centros clínicos, e em outras modalidades como por exemplo nos presídios, onde também ocorre a assistência à saúde. Essa utilização demonstra a oportunidade de melhorar a comunicação clínica e o acesso aos sistemas de informação, facilitando a prática de cuidados em saúde de qualquer lugar. No âmbito prisional temos inúmeros apenados que possuem doenças infectocontagiosas, muitas vezes sendo diagnosticadas tardiamente o que aumenta o poder de transmissão e agravo das doenças. Para contribuir com os profissionais da saúde e servidores de segurança do sistema prisional em relação as informações e condutas adequadas para estas doenças está sendo desenvolvido um aplicativo com o objetivo de disponibilizar informações sobre as mesmas. No entanto, para que o aplicativo atinja o seu objetivo principal é necessário a utilização de uma ferramenta que o direcione para a correta identificação de requisitos, como por exemplo o ciclo de vida do software. O ciclo de vida do software é composto por etapas como:  análise das necessidades, elaboração de projeto com especificações detalhadas, desenvolvimento do software, implementação e manutenção. Objetivo: Realizar a etapa de análise das necessidades em relação as informações sobre as doenças infectocontagiosas que irão compor aplicativo. Metodologia: Pesquisa exploratória, com levantamento de dados  relacionados e construção do conhecimentos sobre os assuntos envolvidos nas doenças infectocontagiosas. Resultados: Os presídios são ambientes que se encontram superlotados, abrigando quase duas vezes a mais do que a real capacidade, o que leva aos detentos a viverem em condições insalubres e desumanas.  Em relação as doenças que ocorrem no sistema penitenciário temos a covid-19, uma doença que se disseminou pelo mundo, causando modificações em todos os âmbitos da sociedade. No que tange ao sistema penitenciário, a doença requer maior atenção das autoridades, visto que a letalidade neste local é cinco vezes maior do que na população em geral, requerendo medidas preventivas e fluxos de atendimento bem delineados. Quanto à exposição ao HIV, dados revelam que a transmissão é 50 vezes maior no sistema carcerário, devido à vulnerabilidade, falta de assistência e de perspectivas, cabendo às equipes de saúde penitenciárias priorizar e incentivar o tratamento. A sífilis e a hepatite, no que se refere às populações privadas de liberdade, possuem dados  limitados, mas o número de infecções aumenta gradativamente e requer alerta dos sistemas de saúde, pois é uma doença que muitas vezes é silenciosa. Já em relação a tuberculose, uma pessoa tem 35 vezes mais chances de desenvolve-la no sistema prisional, o que provém do ambiente pouco iluminado, ventilado e superlotado. Dentre estas doenças citadas, a tuberculose e o HIV são consideradas as comorbidades mais frequentes encontradas no sistema prisional brasileiro. Conclusão: A transmissão de doenças infectocontagiosas é um grave problema enfrentado pelo sistema penitenciário, que vem tomando espaço em debates na busca de medidas para enfrentar o problema. A utilização de ferramentas práticas tornam-se úteis para facilitar o acesso  a informações e a tomada de decisão diante das necessidades dos indivíduos encarcerados.


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ISSN 2764-2135