STATUS VACINAL E PERFIL SOROLÓGICO PARA IMUNOGLOBULINAS CONTRA SARS-COV-2 DE PARTICIPANTES DA FEIRA DE PREVENÇÃO EM SAÚDE EM VALE VERDE, RS.

Victor Göttems Vendrusculo, Cassiandra Sampaio Joaquim, Dauana Ioara Prass, Hellen Teixeira de Moraes, Alexsander Bergenthal Leivas Barboza, Marlua Luiza Kuhl Pontel, Chana de Medeiros da Silva, Lia Gonçalves Possuelo

Resumo


A Covid-19 é uma infecção respiratória aguda de alta transmissibilidade e morbimortalidade, causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Em decorrência da pandemia instalada desde janeiro de 2020, a qual tem causado impactos com prejuízos globais de ordem social e econômica, medidas efetivas de controle da sua transmissão tiveram que ser aplicadas em tempo recorde. Nesse contexto, a produção de uma vacina segura e eficaz para prevenção desta infecção se faz promissora no combate a pandemia. Atualmente, no Brasil, existem quatro vacinas contra Covid-19 com autorização para uso pela Anvisa: para uso emergencial (Sinovac/Butantan e Janssen) e com registro definitivo (AstraZeneca/Fiocruz e Pfizer/Wyeth). Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi avaliar o status vacinal e perfil sorológico para imunoglobulinas IgG e IgM contra SARS-Cov-2 de participantes de uma feira de prevenção em saúde realizada no município de Vale Verde no dia 09 de julho de 2021. Trata-se de um estudo transversal, descritivo-quantitativo, decorrente da coleta de dados mediante entrevista e testagem rápida para Covid-19, realizada por integrantes do projeto de extensão Pró-Saúde, convidados a participar da “Cuidar-se, a I Feira de Prevenção em Saúde do município de Vale Verde”. A amostra de sangue total para o teste rápido foi obtida por meio da técnica de punção digital. Foi utilizado um teste rápido imunocromatográfico para identificação de anticorpos IgG e IgM, cedido pela secretaria municipal de saúde de Vale Verde. Compuseram o estudo participantes do evento que se dispuseram a realizar a testagem. Além do teste rápido, os participantes foram questionados quanto a data da vacinação, tipo de vacina, número de doses aplicadas e se já haviam testado positivo para Covid-19. Foram testadas 52 pessoas, 17% já haviam testado positivo para Covid-19. Em relação a vacinação, 44% e 32% dos participantes já haviam recebido a 1° ou 2° dose da vacina para Covid-19, respectivamente. 23% apresentaram IgG reagente e IgM não reagente e 4% IgG e IgM reagentes. Dentre os participantes, 25 pessoas foram vacinadas com a AstraZeneca/Fiocruz, correspondendo a 54% dos indivíduos que obtiveram IgG reagente, destes 5 (83%) já haviam tido a doença. Outros 10 fizeram a Sinovac/Butantan, 20% deles testaram IgG reagente. Entre os demais, 2 receberam a vacina da Pfizer/Wyeth – 50% resultaram em IgG reagente – e 3 da Janssen, apresentando IgG e IgM reagentes em 34% destes. Todos os indivíduos não vacinados e sem relato de doença previa testaram IgG e IgM não reagentes para Covid-19. O teste rápido é um método qualitativo, de fácil execução e baixo custo e pode ser utilizado para rastreio epidemiológico ou auxílio diagnóstico da Covid-19 com capacidade para identificar anticorpos produzidos contra proteína Spike do capsídeo viral. Não é considerado um teste específico para avaliação da resposta vacinal, entretanto se observa uma relação entre a positividade no teste rápido e a realização de vacinação prévia. 11,5% da população testada já estava completamente imunizada e apresentava anticorpos IgG. Este estudo reforça que a vacinação é uma solução em potencial para o controle da pandemia associada as medidas de prevenção, como a higienização das mãos, uso de máscaras e isolamento social, já estabelecidas.

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ISSN 2764-2135