COMPORTAMENTO DA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR EM SOBREVIVENTES DA COVID-19 ANTES DA ALTA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Autores

  • Gabriela Maziero UNISC
  • Maria Eduarda Lara de Oliveira UNISC
  • Eduarda Chaves Silveira UNISC
  • Litiele Evelin Wagner UNISC
  • Solange Schio Lanza UNISC
  • Helena Rocha Machado UNISC
  • Kamila Mohammad Kamal Mansour UNISC
  • Paloma de Borba Schneiders UNISC
  • Patrícia Érika de Melo Marinho UNISC
  • Dulciane Nunes Paiva UNISC

Resumo

Introdução: A Covid-19 pode ocasionar insuficiência respiratória e impor a necessidade de internação hospitalar, resultando em importantes perdas funcionais. Podem ocorrer alterações da força muscular e da capacidade funcional, sendo a fadiga um dos sintomas mais prevalentes, a depender da gravidade da doença. A perda da massa muscular e consequentemente da força e potência muscular é a principal responsável pela deterioração na mobilidade e na funcionalidade do indivíduo. O declínio da força e mobilidade no indivíduo acometido por Covid-19 pode interferir na realização de atividades essenciais para o desempenho funcional como caminhar, sentar, levantar e outras atividades funcionais do dia a dia. Na prática clínica, a Força de Preensão Manual (FPP) vem sendo utilizada como um indicador geral de força e potência muscular. Além disso, a avaliação da FPP é utilizada como indicador de força global e da funcionalidade, utilizada em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), em neuropatas em pacientes que necessitem de tal monitorização, sendo relevante identificar seu comportamento em indivíduos com Covid-19, doença ainda não totalmente conhecida quanto a sua fisiopatologia e repercussões clínicas e funcionais. Objetivo: Avaliar o comportamento da FPP em pacientes sobreviventes da Covid-19 moderada antes da alta da unidade de terapia intensiva. Métodos: Trata-se de uma pesquisa com delineamento transversal que avaliou a FPP por meio de dinamômetro hidráulico analógico (JAMAR®, EUA) com o paciente sendo posicionado em sedestação, com ombros aduzidos e em rotação neutra. O cotovelo do membro avaliado foi flexionado a 90º com antebraço mantido em posição neutra, seguindo as recomendações da Sociedade Americana de Terapeutas da Mão (ASHT) (1992). Os dados obtidos seguem apresentados em média e desvio padrão e expressos e em frequência absoluta e relativa. Resultados: Foram avaliados 48 pacientes (sexo masculino, n= 30, 62,5%), com média de idade de 54,95±11,36 anos e índice de massa corpórea (IMC) de 32,37±4,66 Kg/m². A amostra demonstrou FPP de 23,77±7,34 Kgf para o sexo feminino (71,6%pred) e de 49,64±5,62 Kgf para o sexo masculino (84,87%pred). Conclusão: Foi evidenciada redução da força de preensão palmar em relação ao seu predito em pacientes de ambos os sexos, sobreviventes da Covid-19 moderada, denotando a perda de funcionalidade presente nesse perfil de pacientes. Tais resultados se tornam relevantes, dada a importância de prognosticar o impacto da perda da força muscular na vida das pessoas que foram acometidas por uma doença ainda desconhecida quanto às suas repercussões clínicas e funcionais.

Biografia do Autor

  • Gabriela Maziero, UNISC
    UNISC
  • Maria Eduarda Lara de Oliveira, UNISC
    UNISC
  • Eduarda Chaves Silveira, UNISC
    UNISC
  • Litiele Evelin Wagner, UNISC
    UNISC
  • Solange Schio Lanza, UNISC
    UNISC
  • Helena Rocha Machado, UNISC
    UNISC
  • Kamila Mohammad Kamal Mansour, UNISC
    UNISC
  • Paloma de Borba Schneiders, UNISC
    UNISC
  • Patrícia Érika de Melo Marinho, UNISC
    UNISC
  • Dulciane Nunes Paiva, UNISC
    UNISC

Publicado

2021-10-20

Edição

Seção

Ciências Biológicas e da Saúde