PROTOCOLOS DE DESINFECÇÃO, ANTISSEPSIA E ESTERILIZAÇÃO ADOTADOS NA ROTINA CIRÚRGICA DO HOSPITAL VETERINÁRIO DA UNISC E SUA EFICIÊNCIA NO CONTROLE DE CONTAMINAÇÕES POR MICRORGANISMOS PATÓGENOS NO PERÍODO DE OUTUBRO DE 2020 A AGOSTO DE 2021.

Alexandre Jacques Zarpellon, Maickel Cavalheiro Greiner, Leticia de Moraes Martins, Érika Calvi, Vanessa Raquel da Silva, Leticia Reginato Martins, Mauricio Borges da Rosa

Resumo


Em um ambiente hospitalar, seja humano ou veterinário, a equipe de profissionais circulantes e os materiais utilizados nos diversos procedimentos, são os principais carreadores de microrganismos causadores de infecções hospitalares, seja para os convalescentes ou para os próprios profissionais que trabalham em contato direto com os pacientes e manipulam fômites de uso corriqueiro nesse ambiente. Tendo isso em vista, as técnicas de antissepsia associadas à protocolos adequados de esterilização, são as principais estratégias utilizadas para redução de complicações pós-operatórias nos centros de tratamento humanos e veterinários. A completa ausência de microrganismos patógenos nos ambientes de tratamento à saúde é hipoteticamente possível mas improvável de ser alcançada, entretanto a adoção das técnicas de esterilização de materiais, desinfecção de ambientes, degerminação e antissepsia contribuem significativamente no prognóstico dos pacientes, uma vez que esses microrganismos interferem nos processos de reparação tecidual, na recuperação da homeostase fisiológica e no resgate do status imunológico dos convalescentes. Na rotina médico-veterinária a transmissão de microrganismos comuns no trato respiratório dos humanos para os animais é pouco frequente devido à pouca incidência de zoonoses reversas, contudo a contaminação nosocomial por patógenos ambientais ou mesmo entre pacientes pode ser de alta incidência quando não respeitados os protocolos que visam reduzir a presença desses agentes microbiológicos. A observação e o respeitos as normas de biossegurança adequadas ao ambiente  hospitalar, o correto emprego dos procedimentos operacionais padrão (POP) e acima de tudo a postura ética dos profissionais de saúde que circulam pelas internações e bloco cirúrgico, associado a novos saberes trazidos pelo emprego de avanços tecnológicos na área, asseguram, nos mais variados níveis, os riscos de contaminação em patamares aceitáveis, possibilitando o controle de patógenos e debelando em tempo hábil qualquer possível transmissão que por ventura venha a ocorrer. No núcleo dos processos de contenção de microrganismos nos hospitais, está o Centro de Materiais e Esterilização (CME), responsável pelos protocolos de higienização das instalações hospitalares, esterilização de material cirúrgico e equipamento de paramentação, controle de equipamentos de proteção individual (EPI), controle dos prazos de esterilização, armazenagem, distribuição, recolhimento e descarte de resíduos orgânicos e material de consumo contaminados. O objetivo desse estudo é descrever os processos de contenção de microrganismos e os protocolos de desinfecção, antissepsia, e esterilização, adotados no Hospital Veterinário da Unisc (HVU), o fluxo operacional e a importância e do CME para o adequado funcionamento da instituição e os processos de educação continuada dirigidos aos alunos de medicina veterinária que exerceram atividades multidisciplinares no HVU, no período de outubro de 2020 a agosto de 2021.


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ISSN 2764-2135