COMO REDUZIR A ANSIEDADE DURANTE O ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO?

Bruna Feron, Kathleen Elizabeth Zimmer, Márcia Helena Wagner, Magda de Sousa Reis

Resumo


A ansiedade é considerada um estado emocional que atinge a população em geral. Essa reação pode evoluir para um distúrbio quando interfere no cotidiano dos indivíduos. Durante a consulta odontológica, estudos apontam que muitos pacientes manifestam esse comportamento, podendo dificultar o atendimento ou provocar uma piora da saúde bucal destes. Isso ocorre devido a experiências anteriores desagradáveis ou à influência familiar. A fim de minimizar esse quadro, algumas estratégias podem ser tomadas pelo cirurgião-dentista, por exemplo, o tratamento sintomático da ansiedade. Este é realizado a partir do uso de agentes ansiolíticos, como benzodiazepínicos, óxido nitroso, medicamentos homeopáticos, analgésicos, entre outros. Esse estudo tem como objetivo apresentar, mediante uma revisão de literatura, a aplicabilidade dos ansiolíticos na Odontologia. Para a elaboração deste estudo, foram utilizados artigos de bases de dados científicas (PubMed, Scielo e Google Acadêmico), com preferência àqueles publicados no período de 2016 a 2021 e livros de farmacologia, disponíveis na Biblioteca Central da Universidade de Santa Cruz do Sul. As seguintes palavras-chave foram empregadas para a pesquisa do material bibliográfico, em inglês e português: anti-anxiety agents, dentistry, ansiedade dentária, odontologia e ansiolíticos. Os ansiolíticos são medicamentos comumente empregados para reduzir a ansiedade nos consultórios odontológicos. A classe dos benzodiazepínicos é mais utilizada, pois apresenta grande variedade de vias de administração, margem de segurança e absorção. Tem-se como exemplo desta: diazepam, lorazepam, alprazolam, midazolam, entre outros. O óxido nitroso, que corresponde a um anestésico inalatório gasoso, também tem o propósito de bloquear as manifestações da ansiedade, tais como palpitações, tremores e sudorese. Essa técnica é segura e não oferece riscos e efeitos colaterais para o paciente. No entanto, o profissional necessita estar adequadamente treinado, tanto para a administração dos fármacos quanto para o monitoramento do paciente durante a consulta odontológica, como controle de frequência cardíaca e respiratória, além da pressão arterial. Da mesma forma, estratégias não-medicamentosas podem ser aplicadas nas intervenções odontológicas. Elas representam as técnicas de relaxamento obtidas através de acupuntura, exercícios respiratórios, hipnose e musicoterapia. Dessa forma, conclui-se que a ansiedade associada ao atendimento odontológico ainda é muito presente. Portanto, durante a anamnese e o tratamento odontológico, é imprescindível a identificação de fatores que originam o estresse e a ansiedade, assim como o conhecimento por parte do profissional a respeito do tema, para que ele possa indicar a maneira mais adequada de minimizar esse distúrbio nos pacientes.


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ISSN 2764-2135