VIVÊNCIAS ACADÊMICAS DA ENFERMAGEM NA SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19

Letícia Rosa Schroeder, Graziela Abreu de Marins, Gabriela da Rosa Vargas, Anelise Miritz Borges

Resumo


Introdução: o enfermeiro que atua de forma a promover a saúde do indivíduo, desenvolve dentre outros aspectos, o cuidado de enfermagem, essência da profissão. Para tanto, a fim de implementar a assistência de enfermagem às crianças e adolescentes no âmbito da atenção básica, torna-se relevante valorizar o contexto, considerar ações preventivas e educativas em saúde e as recomendações diante da pandemia pelo coronavírus/Covid-19. Objetivo: relatar a experiência discente vivenciada na disciplina de Prática clínica de enfermagem em saúde da criança e do adolescente I em meio a pandemia. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado no ano de 2021, durante a disciplina de Prática clínica de enfermagem em saúde da criança e do adolescente I, vinculada ao Curso de Enfermagem, junto à Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC). As atividades integraram momentos teóricos e práticos, cuja sede dos 18 encontros foi no Serviço Integrado de Saúde (SIS). Dentre os conteúdos trabalhados destaca-se: Caderneta de Saúde da Criança (CSC), cálculos simulados para plotagem e interpretação de gráficos, educação em saúde, consulta de enfermagem ao Recém-Nascido (RN), triagem neonatal, imunização, dentre outros. As vivências respeitaram as orientações pertinentes à pandemia por COVID-19. Principais resultados: foram oito encontros trabalhados de forma síncrona pelo Google Meet, onde foi estudada a CSC, cálculos pertinentes à idade e plotagens nos gráficos das CSC frente à antropometria infantil, com apoio da tela inteligente Jamboard, power point e simulação de casos. Sobre a visita domiciliar ao RN, utilizado receituário do SIS, já sobre o genograma foi sugerido o aplicativo genoPro. Casos fictícios foram inseridos no contexto da saúde do adolescente, com análise de termos científicos, apreciação de gráficos para interpretação dos valores pressóricos. Houve o estudo de artigos científicos em dupla, com posterior socialização e correlação com a disciplina. Com a liberação das aulas presenciais, deu-se seguimento aos demais 10 encontros no SIS, sobre a assistência de enfermagem ao RN, à criança, ao adolescente e sua família, utilizando materiais do laboratório de enfermagem, como manequim infantil, estetoscópio, fita métrica, régua antropométrica, roupas, termômetro digital, balança digital eletrônica e mecânica. As Diretrizes básicas do Programa Nacional de Imunizações foram trabalhadas por meio da dinâmica ‘’Você Sabia?’’ e o estudo sobre a triagem neonatal, com aula expositiva dialogada, power point, vídeos e imagens de cartelas com erros e acertos na coleta do teste do pezinho. Desenvolvido um projeto de educação em saúde junto a uma escola municipal, com os temas: dengue e alimentação saudável versus a obesidade infantil, e elaborados vídeos, imagens para colorir, jogo dos sete erros, labirinto, receitas, quebra-cabeça e caça palavras. Materiais estes, socializados com a orientadora pedagógica da escola. Também foram realizados momentos individuais de avaliação discente. Conclusões: foi necessário reinventar o processo de ensino/aprendizagem em meio à pandemia com a escolha dos conteúdos trabalhados de forma síncrona e presencial, acrescido das estratégias utilizadas, que contribuíram muito para este processo. O suporte, organização e disponibilidade da docente também contribuiu para o êxito na construção do conhecimento, além de favorecer novos modos de aprendizado, diferentes dos habituais em tempos de pandemia.

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ISSN 2764-2135